Rúben Amorim: "A equipa precisava de algum tempo para limpar a cabeça"

Sporting desloca-se na quinta-feira a Guimarães, em jogo da 25.ª jornada da I Liga que esta semana regressa após 82 dias de paragem. Jogo é às 21.15 (Sport TV) num Estádio D. Afonso Henriques vazio...
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A equipa do Sporting precisa de um tempo para "limpar a cabeça" e nesse sentido, segundo Rúben Amorim, a paragem de quase três meses do campeonato devido à pandemia, foi benéfica. "A equipa precisava de algum tempo para limpar a cabeça, nesse aspeto foi bastante importante, e foi uma vantagem. Os treinos conjuntos ajudaram, já sabemos as jogadas que o colega faz, mas não sabemos em que ponto estamos. Mais do que pressionado estou entusiasmado para ver o que está a funcionar e o que não está", disse o treinador do Sporting na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Vitória de Guimarães de quinta-feira às 21.15 na Cidade Berço (Sport TV).

Segundo o treinador do Sporting, "a equipa precisa de jogos para ver em que ponto é que está". "Foram dois-três meses atípicos, deu tempo para ver como funcionava o clube e conhecer jogadores, fazer trabalho específico com jogadores de formação que precisam de adaptação mais rápida do que estávamos à espera. Assim que se marcou a data para o recomeço foi mais fácil. O foco já estava colocado no regresso", explicou o técnico, confessando: "Estou ansioso pelos jogos."

O jogo não terá adeptos, uma vez que a Direção Geral da Saúde não viabilizou a presença de público nas bancadas. Algo que vai tirar brilho ao futebol, segundo Amorim. "Jogar sem público não é vantagem para ninguém. Preferia jogar com estádio cheio, mesmo que fosse só com adeptos do Vit. Guimarães. O jogo perde muita graça. Nenhum jogador do Sporting estará contente", admitiu, antes de admitir que o sistema a utilizar "é irrelevante", pois o que interessa é que os jogadores perceberem os momentos do jogo.

Além disso há que ter atenção ao adversário: "Tem excelentes jogadores, um excelente treinador e vinha num grande momento de forma. Isso pode mudar alguma coisa. Quando parou estava num grande momento. [Esperamos] Jogo muito complicado, jogadores livres, felizes por voltar a competir. É um excelente teste, vai-nos testar em todos os momentos. Tem muita transição, joga muito futebol. Com um plantel muito vasto, vai ser um excelente jogo para recomeçar o campeonato."

Rúben chegou a Alvalade no dia 5 de março, contratado por 10 milhões de euros ao Sp. Braga. O técnico quase não teve tempo para se adaptar até orientar a equipa no jogo com o Desp. Aves no dia 8 (vitória, por 2-0) e o campeonato parar a 12 de março. Por isso a paragem forçada trouxe algumas "vantagens". Como por exemplo: "conhecer o plantel, os jogadores, funcionamento, o novo treinador precisa sempre de tempo. Foi período longo mas não foi uma pré-época, houve muito trabalho individual. Tomar as precauções para que não tivessem problemas. Nem puderam jogar ténis, correr na rua, é complicado. Tivemos mais tempo, iríamos jogar contra Guimarães com uma semana de trabalho e vamos enfrentar com duas ou três semanas de trabalho coletivo, isso dá-nos alguma vantagem."

Um do jovens que teve oportunidade de conhecer melhor foi Matheus Nunes, cujo valor de uma futura venda, segundo o presidente do Sporting, Frederico Varandas, vai dar para pagar a contratação do técnico ao Sp. Braga. "A pressão é sempre a mesma, a pressão de treinar o Sporting é enorme. O que o Matheus Nunes vai pagar é uma casa à mãe, só tem de pensar no que fazer quando a bola rolar, essa é a preocupação dele. É bom que o Sporting tenha um presidente que acredite desta forma nos jovens", afirmou, lembrando que Matheus é mais uma opção a juntar a Doumbia, o Eduardo, o Francisco Geraldes, o Miguel Luís: "Quem tiver mais fome e mais qualidade vi jogar. Todos terão oportunidade."

Além de Wendel e de Luiz Phellype, Rúben Amorim também não vai poder contar com Joelson Fernandes em Guimarães. O jovem jogador dos leões sofreu um traumatismo no joelho esquerdo e não será opção.

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