Salomé Afonso
Salomé AfonsoFPA

Salomé Afonso repescada para a final dos 1500 metros

Portuguesa tinha sido prejudicada por um empurrão de uma italiana a uma alemã. Isaac Nader também apurado para a final dos 1500m. Duplantis bateu o recorde mundial do salto com vara pela 14.ª vez.
Publicado a
Atualizado a

A portuguesa Salomé Afonso foi repescada e vai correr a final de 1500 metros. “Fez-se justiça, estou muito feliz, muito agradecida e espero poder estar ao nível de toda a ajuda que recebi”, afirmou a atleta do Benfica, que tinha sido prejudicada, na sua eliminatória, por um choque inadvertido da alemã Nele Wessel, que foi empurrada pela italiana Marta Zenoni, entretanto desclassificada.

A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) recorreu da eliminação e, após uma decisão inicial desfavorável, viu o júri aceitar o recurso e permitir a Salomé Afonso correr a final dos 1500 metros, na terça-feira (14h05, RTP2).

Também Isaac Nader confirmou o estatuto de potencial medalhado português ao avançar para a final dos 1500 metros, a disputar na quarta-feira (14h20, RTP2), com o quarto lugar na segunda série, em 03.36,86 minutos. José Carlos Pinto foi 63 centésimos mais rápido (03.36,23) do que o recordista nacional e medalha de bronze nos Europeus em pista curta Apeldoorn2025, mas foi afastado, após ser nono na primeira meia-final, a mais rápida.

Fatoumata Diallo ficou a dois centésimos de segundo do seu recorde nacional nos 400 metros barreiras (54,52), ao assegurar um lugar nas semifinais, também agendadas para quarta-feira, às 21h03 (13h03), com o terceiro lugar na sua série das eliminatórias.

De fora da final ficou Gerson Baldé, no salto em comprimento, ao terminar a qualificação no 15.º lugar, com os 7,93 metros, cinco centímetros abaixo do último repescado.

Duplantis bateu o recorde mundial do salto com vara pela 14.ª vez

Armand Duplantis voltou a bater o recorde do mundo do salto com vara, ao vencer a final nos Mundiais de atletismo Tóquio2025, fixando o novo máximo em 6,30 metros. Foi a 14.ª vez que o sueco bateu a melhor marca mundial, desde que superou os 6,17 metros do francês Renaud Lavillenie em 2020.

De criança prodígio a maior atleta de salto com vara de todos os tempos foi um saltinho.... Aos 21 anos de idade, Mondo (como é conhecido) já tinha quebrado o recorde mundial e ganho o ouro olímpico. Aos 25 anos, Duplantis tem competido praticamente sem concorrência pelo ouro.

Em Tóquio2025 somou o terceiro título mundial. O grego Emmanouil Karalis foi o único a superar a fasquia colocada nos seis metros, ficando com a prata, como já tinha conhecido nos Jogos Olímpicos Paris2024, enquanto o australiano Kurtis Marschall ficou com o bronze, tendo saltado a 5,95 metros.

Ambos os concorrentes abraçaram Duplantis após este conseguir bater os 6,30 metros, à terceira e última tentativa possível, com os mais de 50 mil espetadores nas bancadas a festejarem o esperado registo histórico. “Foi melhor do que podia ter imaginado. Poder dar-vos este recorde do mundo é fantástico, com o público a fazer tanto barulho. Obrigado por isto, estou tão feliz”, confessou.

A despedida de Shelly-Ann Fraser-Pryce

O recorde mundial rivalizou com outro grande momento, a emocionante despedida de Shelly-Ann Fraser-Pryce, a velocista mais medalhada de sempre, com 24 medalhas (13 ouros) entre Jogos Olímpicos e Mundiais.

Aos 38 anos, a jamaicana despediu-se das provas individuais com um sexto lugar na final dos 100 metros, prova ganha pela norte-americana Melissa Jefferson-Wooden, com 10.61 segundos, apenas mais um centésimo de segundo do que o recorde mundial, que ainda é de Fraser-Pryce (10.60s, em 2021). A atleta de cabelo colorido, pintado com as cores da bandeira da Jamaica, foi ovacionada de pé pelas lotadas bancadas do Estádio Nacional de Tóquio. Fraser-Pryce, que foi mãe e regressou aos treinos 11 semanas depois de uma cesariana de emergência, ainda vai competir na estafeta 4×100, procurando a última medalha da carreira num grande palco mundial.

Na maratona ficou marcada por uma surpreendente falsa partida e o final ao sprint apertado, com o tanzaniano Alphonce Félix Simbu (02:09.48) a ultrapassar o alemão Amanal Petros na reta da meta. O português Rui Pinto terminou a maratona no 42.º lugar, com 02:19.50 horas.

Com Lusa

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt