A portuguesa Salomé Afonso foi repescada e vai correr a final de 1500 metros. “Fez-se justiça, estou muito feliz, muito agradecida e espero poder estar ao nível de toda a ajuda que recebi”, afirmou a atleta do Benfica, que tinha sido prejudicada, na sua eliminatória, por um choque inadvertido da alemã Nele Wessel, que foi empurrada pela italiana Marta Zenoni, entretanto desclassificada.A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) recorreu da eliminação e, após uma decisão inicial desfavorável, viu o júri aceitar o recurso e permitir a Salomé Afonso correr a final dos 1500 metros, na terça-feira (14h05, RTP2).Também Isaac Nader confirmou o estatuto de potencial medalhado português ao avançar para a final dos 1500 metros, a disputar na quarta-feira (14h20, RTP2), com o quarto lugar na segunda série, em 03.36,86 minutos. José Carlos Pinto foi 63 centésimos mais rápido (03.36,23) do que o recordista nacional e medalha de bronze nos Europeus em pista curta Apeldoorn2025, mas foi afastado, após ser nono na primeira meia-final, a mais rápida.Fatoumata Diallo ficou a dois centésimos de segundo do seu recorde nacional nos 400 metros barreiras (54,52), ao assegurar um lugar nas semifinais, também agendadas para quarta-feira, às 21h03 (13h03), com o terceiro lugar na sua série das eliminatórias.De fora da final ficou Gerson Baldé, no salto em comprimento, ao terminar a qualificação no 15.º lugar, com os 7,93 metros, cinco centímetros abaixo do último repescado.Duplantis bateu o recorde mundial do salto com vara pela 14.ª vezArmand Duplantis voltou a bater o recorde do mundo do salto com vara, ao vencer a final nos Mundiais de atletismo Tóquio2025, fixando o novo máximo em 6,30 metros. Foi a 14.ª vez que o sueco bateu a melhor marca mundial, desde que superou os 6,17 metros do francês Renaud Lavillenie em 2020.De criança prodígio a maior atleta de salto com vara de todos os tempos foi um saltinho.... Aos 21 anos de idade, Mondo (como é conhecido) já tinha quebrado o recorde mundial e ganho o ouro olímpico. Aos 25 anos, Duplantis tem competido praticamente sem concorrência pelo ouro. Em Tóquio2025 somou o terceiro título mundial. O grego Emmanouil Karalis foi o único a superar a fasquia colocada nos seis metros, ficando com a prata, como já tinha conhecido nos Jogos Olímpicos Paris2024, enquanto o australiano Kurtis Marschall ficou com o bronze, tendo saltado a 5,95 metros.Ambos os concorrentes abraçaram Duplantis após este conseguir bater os 6,30 metros, à terceira e última tentativa possível, com os mais de 50 mil espetadores nas bancadas a festejarem o esperado registo histórico. “Foi melhor do que podia ter imaginado. Poder dar-vos este recorde do mundo é fantástico, com o público a fazer tanto barulho. Obrigado por isto, estou tão feliz”, confessou.A despedida de Shelly-Ann Fraser-Pryce O recorde mundial rivalizou com outro grande momento, a emocionante despedida de Shelly-Ann Fraser-Pryce, a velocista mais medalhada de sempre, com 24 medalhas (13 ouros) entre Jogos Olímpicos e Mundiais.Aos 38 anos, a jamaicana despediu-se das provas individuais com um sexto lugar na final dos 100 metros, prova ganha pela norte-americana Melissa Jefferson-Wooden, com 10.61 segundos, apenas mais um centésimo de segundo do que o recorde mundial, que ainda é de Fraser-Pryce (10.60s, em 2021). A atleta de cabelo colorido, pintado com as cores da bandeira da Jamaica, foi ovacionada de pé pelas lotadas bancadas do Estádio Nacional de Tóquio. Fraser-Pryce, que foi mãe e regressou aos treinos 11 semanas depois de uma cesariana de emergência, ainda vai competir na estafeta 4×100, procurando a última medalha da carreira num grande palco mundial.Na maratona ficou marcada por uma surpreendente falsa partida e o final ao sprint apertado, com o tanzaniano Alphonce Félix Simbu (02:09.48) a ultrapassar o alemão Amanal Petros na reta da meta. O português Rui Pinto terminou a maratona no 42.º lugar, com 02:19.50 horas.Com Lusa