Cristiano Ronaldo
Cristiano RonaldoEPA/MIGUEL A. LOPES

Ronaldo prevê "batalha" em Dublin e diz que golo 1000 na final do Mundial 2026 seria "demasiado perfeito"

Avançado de 40 anos admite que acabaria a carreira "em grande" caso marcasse no jogo decisivo do Campeonato do Mundo.
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Cristiano Ronaldo acredita que o República da Irlanda-Portugal desta quinta-feira, que poderá garantir o apuramento luso para a fase final do Mundial 2026, será uma "batalha".

"A Irlanda não vai fazer um jogo diferente do que fez em Lisboa e temos de estar preparados. Com a nossa qualidade, com os nossos jogadores, os nossos conceitos, é tentar ganhar. Não acredito que vão pressionar Portugal lá em cima. Vai ser o mesmo jogo. Têm os adeptos com eles, é uma mais-valia, vão estar mais entusiasmados, temos de estar preparados, sabemos como são estas equipas britânicas... vai ser uma batalha", perspetivou o capitão da seleção nacional, que diz que "os jogos fora são sempre complicados" e que, neste em particular, Portugal vai defrontar uma Irlanda que "ainda pode continuar a sonhar".

Embora espere ser vaiado, CR7 deixou elogios aos adeptos irlandeses: "Gostei dos adeptos aqui, apoiam muito a equipa nacional. É um prazer voltar a jogar aqui. Vou tentar ser um bom rapaz amanhã, mas tenho de fazer o meu trabalho para ganhar o jogo."

Ronaldo só pensa em ganhar em Dublin para "daqui a nove meses estar bem e poder jogar mais uma fase final". Questionado sobre se já imaginou marcar o golo 1000 da carreira na final do Campeonato do Mundo, o avançado de 40 anos respondeu que isso seria "demasiado perfeito". "Gosto de marcar golos, é a minha posição também. Quero jogar este Mundial, se não, não estava aqui. Se esse filme se realizasse... acabava a carreira em grande, se fosse preciso", acrescentou.

Sem querer especificar quando pensa acabar a carreira, o capitão da equipa das quinas falou sobre como o seu jogo mudou nos últimos anos. "Marcar golos é a coisa mais difícil no futebol. Acho que fui inteligente em poder adaptar-me ao futebol atual, às condições físicas, mentais, aos contextos dos clubes, da seleção, das ligas. O jogador inteligente adapta-se. Pensei assim, penso assim e vou continuar até acabar. Tens de te adaptar. O futebol não é igual há cinco, 10 anos, um ano atrás. Perdi e ganhei algumas coisas, faz parte da vida. O que faz a diferença é o coco [cabeça], se estás preparado para as adversidades e chegar mais longe", analisou.

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Caminho para o nono Mundial de Portugal passa por Dublin, onde a seleção nunca ganhou

Martínez: "Irlanda vai ser igual, mas o jogo vai ser muito diferente"

O primeiro jogo entre Portugal e Irlanda nesta fase de apuramento ficou marcado por uma vitória arrancada a ferros por parte da equipa das quinas, com um golo de Ruben Neves nos minutos finais, perante uma seleção irlandesa muito bem organizada defensivamente.

O selecionador nacional acredita que a "Irlanda vai ser igual, mas o jogo vai ser muito diferente". "A Irlanda joga muito bem sem bola, gosta de defender bem, mas depois nós também fizemos um trabalho defensivo muito bom. Amanhã vamos ver uma Irlanda que vai chegar ao último terço, que vai correr mais riscos nessa parte do jogo. Uma Irlanda sem bola como esteve em Lisboa, mas com bola não. Será um teste muito importante para nós. A Irlanda vai utilizar a força dos adeptos e também as bolas paradas. Uma partida certamente com fases do jogo muito diferente", perspetivou Roberto Martínez.

O treinador espanhol considera que o ambiente no estádio será um ponto a favor dos irlandeses, mas que Portugal tem de "mostrar toda a sua qualidade e ambição" em qualquer estádio do mundo. "É um estádio fantástico, a força dos adeptos é muito semelhante ao que nós temos, à força que os nossos adeptos dão à Seleção. Fizemos dois estágios muito bons. Amanhã, em Dublin, com um ambiente especial, podemos atingir o nosso objetivo. É importante que Portugal possa, em todos os estádios do mundo, mostrar toda a sua qualidade e ambição", vincou.

Martínez explicou que não convocou jogadores para substituir Nuno Mendes e Pedro Neto porque chamou inicialmente 26 futebolistas, pois acredita que "um jogador precisa de ser chamado no dia da convocatória".

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Pedro Neto e Pedro Gonçalves dispensados da seleção nacional

Embora já se fale que o Mundial 2026 será o sexto de Cristiano Ronaldo, o selecionador nacional diz que no seio da seleção estão "quase proibidos de falar do Mundial", até porque a qualificação ainda não está assegurada.

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