Quantos leões cabem na lista da defesa do título europeu de Santos?
Nuno Mendes e João Palhinha estão certos na convocatória que será hoje revelada, mas há dúvidas sobre a chamada de Paulinho, Pedro Gonçalves e João Mário. Danny levava só três defesas centrais e apostava em Gonçalo Guedes. Selecionador revela hoje os 26 eleitos.
Quem são os 26 que vão defender o título europeu ganho em 2016? Quantos centrais serão convocados? William entra nas contas? O avançado Paulinho tem lugar numa lista com Cristiano Ronaldo, Diogo Jota, João Félix e André Silva? Dois, três ou mais... quantos leões vão estar na lista final? A UEFA aumentou a lista de convocados para o Euro 2020, de 23 para 26 por causa da pandemia, mas não tirou as dores de cabeça e as dúvidas de Fernando Santos, que, esta noite (20.15), revela a lista de convocados de Portugal.
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Dos futebolistas que foram campeões europeus, à partida um dos grandes ausentes será Éder, autor do golo da final com a França (1-0) que fez de Portugal campeão da Europa, há cinco anos. "Não é só por ter feito aquele golo, eu adoro o Éder, a forma como se entrega ao jogo e finta os defesas, e acho que ele é sempre uma boa opção, apesar da época não lhe ter corrido bem", confessou ao DN Danny, reconhecendo que a "concorrência é enorme".
Defendendo que Fernando Santos já tem a lista fechada, o antigo internacional português acha que o selecionador vai apostar nas opções que melhor servem o seu estilo de jogo, os objetivos tendo em conta o grupo (Hungria, Alemanha e França), e sem esquecer as especificidades deste Europeu: joga-se em 11 cidades de 11 países. Por isso considera que o Santos vai privilegiar algumas características físicas, bem como a polivalência face ao desgaste acrescido que se espera num Europeu volátil e itinerante como este vai ser.
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Para Danny, a lista de eleitos para o Euro 2020, que acontece em 2021 por causa da pandemia, deve ser idêntica à dos 25 chamados a 16 de março (agora com Rui Patrício de volta), para os primeiros três encontros de apuramento para o Mundial de 2022. Desses, não vai estar Pedro Neto, do Wolverhampton, que se lesionou gravemente há mais de um mês, libertando uma vaga no ataque. Irá a escolha recair em Gonçalo Guedes, o autor do segundo golo mais importante da história da seleção (1-0), na final da Liga das Nações... em Trincão ou Paulinho? O antigo extremo apostaria em Guedes, até pelo final de época de "alto nível" no Valência. Tanto ele como Trincão, "um jogador jovem de muita qualidade e que teve bastantes oportunidades no Barcelona" encaixam melhor no estilo de jogo de Portugal.
Segundo Danny, Paulinho tem uma vantagem e duas desvantagens. A vantagem é que "é ponta-de-lança de raiz, alguém que pode entrar e decidir qualquer jogo e uma boa opção quando é preciso futebol mais direto e jogo de área". As desvantagens prendem-se com o estilo de jogo de Portugal e as semelhanças com André Silva:"Com bola no chão, jogo pelas laterais e entrelinhas e a bola nas costas dos centrais, chamam mais por Trincão ou Guedes. Além disso, as características dele assemelham-se às de André Silva, que fez uma época extraordinária e irá de certeza."
Para o ex-jogador, no meio-campo é onde estão as maiores dúvidas, "há umas 15 opções de altíssima qualidade" para escolher meia dúzia. Entre as dúvidas - André Gomes, Sérgio Oliveira e João Mário -, considera que o médio do Everton tem menos possibilidades de ir do que o jogador do FC Porto, que está com ligeira vantagem sobre João Mário, por se envolver mais nos processos da equipa.
Além disso, o antigo internacional não acredita que o selecionador chame quatro defesas centrais: "Acho que leva só três e poderá equacionar o William, apesar da época menos conseguida, porque ele pode jogar em mais do que uma posição. Depois ainda há o Danilo que pode jogar a central se for preciso. Por isso acho que ele vai economizar um lugar na defesa para apostar em mais criativos na frente."

Ronaldo teve resultado positivo em teste à covid-19 feito ao serviço da seleção nacional
© Gerardo Santos / Global Imagens
Cristiano Ronaldo, quinto europeu
Fernando Santos não se cansa de dizer que tem uma lista de 50 bons nomes e desses há 35 sempre selecionáveis. O problema é que tendo a última convocatória como referência, só há dois lugares para cerca de dez possibilidades.
Se é quase certo que Mário Rui dará o lugar a Nuno Mendes, será que Nélson Semedo tira o lugar a Cédric? Ou o experiente Pizzi rouba a promoção à revelação Pedro Gonçalves, jogador do Sporting que pode estrear-se nos convocados? Menos possibilidades terá o recém-naturalizado Otávio, do FC Porto, apesar de o selecionador ter admitido que o pode chamar.
Na lista há 20 nomes se afiguram como certos, como os guarda-redes Rui Patrício e Anthony Lopes, os laterais João Cancelo, Raphaël Guerreiro e Nuno Mendes, os centrais Pepe, Rúben Dias e José Fonte, os médios João Moutinho, Danilo Pereira, Rúben Neves, Renato Sanches, Bruno Fernandes e João Palhinha, e os avançados Bernardo Silva, Diogo Jota, João Félix, André Silva e Cristiano Ronaldo - jogará o quinto Europeu, depois de 2004, 2008, 2012 e 2016.
Uma coisa é certa: será uma lista muito diferente da de 2016, com apenas meia dúzia de repetentes. Apesar de ainda jogarem, Bruno Alves, Nani, Ricardo Quaresma, Adrien ou Vieirinha há muito deixaram de ser opção. Eduardo, Ricardo Carvalho e Eliseu já se reformaram dos relvados.
A fase final do Euro 2020 realiza-se de 11 de junho a 11 de julho, em 11 cidades de 11 países. Portugal integra o chamado grupo da morte (F) com mais dois campeões europeus e um velho conhecido: Hungria (15 de junho, em Budapeste), Alemanha (19 de junho, em Munique) e França (23 de junho, em Budapeste).
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