Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.António Cotrim/Lusa

Pedro Proença não foi eleito para o Comité Executivo da UEFA. "Hoje, o futebol português saiu derrotado"

Presidente da Federação Portuguesa de Futebol falhou entrada no Comité Executivo da UEFA. Candidatura do antigo árbitro marcada pela polémica carta de não-apoio de Fernando Gomes.
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Pedro Proença falhou a eleição para o Comité Executivo da UEFA, esta quinta-feira, em Belgrado. Portugal deixa de estar representado neste importante órgão internacional. Segundo a Agência Lusa o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi o menos votado com sete votos.

"Hoje, o futebol português saiu derrotado. Perderam os jogadores. Perderam os treinadores. Perderam os árbitros. Perderam os dirigentes. perderam os clubes. Perderam as associações distritais. Perderam as associações de classe. Perdeu a Liga. Hoje perdemos todos, mas deixo-vos uma garantia: em 2027, num contexto mais favorável, e com todos imbuídos do mesmo sentimento e unidos pelo mesmo objetivo, iremos colocar o futebol português no lugar que é nosso por direito próprio! Porque o futebol português tem de estar representado nas mais altas instâncias do futebol internacional. E esse será daqui para a frente, estou seguro disso, um desígnio Nacional!", reagiu o presidente da FPF, esta quinta-feira, em Belgrado, na Sérvia, durante o Congresso do organismo europeu.

O antigo árbitro era um dos 11 candidatos aos sete assentos de membros masculinos - a quota feminina era da candidata única, a norueguesa Lise Klaveness. Proença concorria com o italiano Gabriele Gravina, o alemão Hans-Joachim Watzke, o suíço Dominique Blanc, o polaco Cezary Kulesza, o croata Marijan Kustić, o finlandês Ari Lahti, o arménio Armen Melikbekyan, o neerlandês Frank Paauw, o estónio Aivar Pohlak e Hugo Quaderer, do Liechtenstein.

A não eleição do presidente da FPF para o Comité Executivo da UEFA promete inflamar a polémica da carta de não apoio de Fernando Gomes, agora presidente do Comité Olímpico de Portugal, às 55 federações europeias. A guerra entre Pedro Proença e Fernando Gomes, líderes das duas mais importantes instituições desportivas do país (FPF e COP), com desfecho ainda imprevisível, tornou pública precisamente por causa da vaga na UEFA.

Em 25 de março, ao ser empossado como líder do Comité Olímpico de Portugal (COP), Fernando Gomes disse que cessaria funções de imediato nas principais entidades internacionais do futebol - saída que oficializou esta quinta-feira -, após ser rendido por Proença na FPF, indicando o nome do sucessor para o cargo na UEFA.

Depois dessa indicação que, na opinião de Proença o vinculava a um apoio, o novo presidente da FPF informou numa cartas às 55 federações europeias de futebol que se congratulava por ter apoiado Fernando Gomes para o COP e ter recebido do seu antecessor “o apoio total para a candidatura ao Comité Executivo da UEFA”.

Mas, Fernando Gomes, numa outra carta enviada às 55 federações, não só desmentiu o apoio como acusou Proença de lesar o seu legado. Uma frase que caiu mal na FPF, que reuniu de emergência para avaliar as consequências dessa carta que podia deixar Portugal sem um lugar na mesa das decisões do futebol europeu. Na sequência dessa reunião, foi pedida uma audiência ao primeiro-ministro e decidido enviar uma exposição ao Conselho de Ética do COP.

Algo que agora, com a não eleição de Pedro Proença para a UEFA, se reverte de maior urgência e importância.

Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
Por que é tão importante que Proença seja eleito para o Comité da UEFA?

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