Pavlidis marcou quatro golos em 135 minutos. “Pode ser o goleador que o Benfica precisa”
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Pavlidis marcou quatro golos em 135 minutos. “Pode ser o goleador que o Benfica precisa”

Roger Schmidt explicou contratação. Álvaro Magalhães gostou do que viu do grego. Katsouranis destaca: “É forte na área.” Feyenoord será o 1.º grande teste da época.
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Quatro golos marcados pelo Benfica na pré-época fizeram Evangelos Pavlidis cair nas boas gaças dos adeptos. Irá o avançado dar seguimento à tradição de bons desempenhos de jogadores gregos no Benfica, depois de Fyssas, Karagounis, Katsouranis, Mitroglou, Samaris e Vlachodimos? Katsouranis e Álvaro Magalhães destacam a capacidade técnica com bola, o bom entendimento com os companheiros de equipa e a criação de espaços, tanto para ele como para os colegas. 

“Nota-se que é um avançado diferente de Arthur Cabral e Marcos Leonardo, forte fisicamente, que pode vir a ajudar o Benfica nas movimentações ofensivas. Tem muita mobilidade, movimenta-se bem entre os centrais e é rápido a desmarcar-se. A primeira impressão com que fiquei é que finaliza com facilidade e por isso pode ser o goleador que o Benfica precisa”, diz Álvaro Magalhães.

Para Katsouranis, “Pavlidis é um bom jogador e uma grande contratação. É forte na área e, para jogador alto, é rápido. É muito bom na área, mas também fora”. O médio grego, que alinhou no emblema encarnado durante três épocas, considera o compatriota “um profissional exemplar, super tranquilo, que leva muito a sério o treino seja no campo ou no ginásio”.

O grego está a ter uma adaptação aparentemente fácil ao estilo de jogo deste Benfica de Roger Schmidt, que ontem explicou assim a contratação: “O Pavlidis é um jogador que mostrou, sobretudo nas duas últimas épocas no Alkmaar, ser um avançado muito completo, com muita qualidade na finalização, quer a marcar golos quer a fazer assistências, sendo também um jogador muito trabalhador. Penso que tem o perfil para jogar este tipo de futebol ativo e de alta pressão e o que já demonstrou nas duas primeiras semanas é que também tem a mentalidade necessária para mostrar isso em campo”, disse o técnico alemão na Benfica TV.

Golos e um dedo partido

O avançado grego marcou golos logo no primeiro treino de águia ao peito, segundo um vídeo partilhado nas redes sociais do Benfica, e deu seguimento no jogo de estreia (triunfo dos encarnados sobre o Farense, por 5-0), surpreendendo ao dizer que “a primeira impressão foi boa”, mas que ainda tinha “muitas coisas a melhorar”. Nada mau para dez dias de trabalho e 45 minutos em campo.

Seguiu-se um bis, que ajudou a equipa da Luz a empatar com o Celta de Vigo em mais um jogo de preparação para a nova temporada. Pavlidis voltou a deixar boa impressão: foi titular e inaugurou o marcador de grande penalidade, aos 18 minutos, fazendo depois o 2-0, a concluir uma grande jogada coletiva, que envolveu também Rollheiser e Neres. Nesse jogo sofreu uma queda aparatosa nas escadas de acesso aos balneários, sendo substituído ao intervalo devido uma fratura do polegar direito, que necessitou de intervenção cirúrgica.

Sem ele o Benfica ainda empatou com o Águeda (2-2), mas no regresso, no domingo passado, o avançado voltou a marcar diante do Almería (triunfo, por 3-1) nos 45 minutos que esteve em campo. Um golo que voltou a resultar de um bom envolvimento com a equipa, concluindo uma jogada de entendimento entre Tiago Gouveia, David Neves e Marcos Leonardo.

Roger Schmidt e a mística

Roger Schmidt confessou que “ficou chocado” com a contestação dos adeptos e espera poder fazer as pazes esta temporada. Fez mesmo um apelo à união entre os adeptos e a equipa para que seja possível o Benfica conquistar títulos em 2024-25. “Há sempre uma relação com os adeptos, mas aqui no Benfica é muito especial. Temos de estar concentrados no nosso trabalho. Depois, daremos tudo em cada jogo para, assim, lutar pelos títulos. Sabemos que os nossos adeptos podem fazer a diferença e, claro, espero que os benfiquistas possam estar aqui na próxima época, com a equipa, para lutarmos juntos pelos títulos”, disse o técnico no programa Mística A Dois, da BTV.

Na conversa conduzida por Toni, Schmidt elogiou Rui Costa - “ser presidente do Benfica é ainda mais difícil que ser treinador do Benfica” - e mostrou-se “muito feliz” pela continuidade de Di María: “Esta é uma história fantástica de futebol, ele podia ter ido atrás de mais dinheiro, mas tomou a decisão de voltar ao clube onde tudo começou na Europa. Isso diz tudo sobre o seu carácter. Se o vissem todos os dias nos treinos… É um exemplo para todos.”

isaura.almeida@dn.pt

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