Menos de um mês depois do regresso ao Benfica, José Mourinho não só voltou a Stamford Bridge, para jogar com o Chelsea (perdeu, por 1-0), como voltou ao Dragão, para jogar com o FC Porto (0-0)... na mesma semana. Este domingo, dia 5 de outubro, o Special One soube como gerir danos e evitar ficar a sete pontos do líder. O empate sem golos agrada mais ao Benfica que ao FC Porto, que pela primeira vez não saiu com três pontos de um jogo do campeonato.Só mesmo um regresso de águia ao peito, para Mourinho, o treinador que deu as maiores conquistas ao emblema portista - uma Liga dos Campeões e uma Taça UEFA, ambas com o agora presidente do clube, André Villas-Boas como adjunto -, ser alvo de uma monumental assobiadela quando pisou o relvado do Estádio do Dragão, o mesmo onde festejou vitórias e troféus de dragão ao peito. Coisas de uma rivalidade nem sempre saudável, mas que hoje se ficou por isso mesmo. Sinais dos novos tempos para os lados do Dragão..O jogo da oitava jornada da I Liga, começou com um 7-5 em estreias em Clássicos a mostrar que este renovado FC Porto de Farioli, e o Benfica de Mourinho quase nada têm que ver com as equipas da época passada.Falando de futebol jogado, o Clássico ganhou mais interesse a partir da meia hora, com duas oportunidades claras de golo num minuto apenas - Sudakov para o Benfica e Pepê para o FC Porto - e com a equipa da casa mais confortável no jogo. Empurrada pelas bancadas, a equipa de Farioli esteve sempre mais intensa na busca da baliza. E ainda antes do intervalo, Gabri Veiga caiu na área do Benfica e o FC Porto ficou a reclamar grande penalidade, mas o árbitro, o estreante em clássicos, Miguel Nogueira, mandou seguir a partida.Esperava-se um jogo mais próximo das balizas no segundo tempo, isto se alguma das equipas quisesse mais o que amealhar um pontinho, após uns dias difíceis, com ambos os treinadores doentes e com alguns jogadores vítimas de viroses. .Ainda assim, o FC Porto voltou a entrar mais forte na segunda parte, fazendo pressão alta e muito próxima da baliza do Benfica, que tinha dificuldade em ter bola e mostrava um futebol muito previsível. E seria o dragão Kiwior, que esteve perto do autogolo, com um desvio que levou a bola a bater na barra de Diogo Costa, a ter a melhor oportunidade de golo para as águias em todo o jogo.Francesco Farioli foi o primeiro a mexer na equipa e William Gomes, assim que entrou, tentou fazer aquilo que já tinha feito em Alvalade, com o Sporting, mas, desta vez, a bola passou perto da baliza e não entrou.Para o Benfica, a partir dos 75 minutos, mais do que tentar ganhar já era mesmo o tentar não perder e aumentar a distância para o líder FC Porto, por isso a primeira mudança de Mourinho foi reforçar o meio campo e a linha defensiva, primeiro com Leandro Barreiro e depois com Tomás Araújo. Resultou. Nenhuma das equipas conseguia furar as muralhas uma da outra, apesar da estratégia mais ofensiva de Farioli, que trocou Samu (bem marcado por António Silva) por Deniz Gül e depois ainda meteu o talento de Rodrigo Mora para segurar a bola... mas o jovem, assim que entrou levou a bola à trave de Trubin. Uma mensagem também para o treinador dos dragões, que insiste em deixá-lo começar jogos no banco. Mora só entrou a três minutos do fim, mas a magia está lá à espera de mais minutos em campo.isaura.almeida@dn.pt.Sporting e Sp. Braga empataram. Rui Silva não merecia a traição do seu capitão