Luís Campos diz que PSG será o último projeto antes da reforma e reclama Bola de Ouro para Dembelé
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Luís Campos diz que PSG será o último projeto antes da reforma e reclama Bola de Ouro para Dembelé

Português lidera projeto futebolístico do emblema parisiense, detentor da Liga dos Campeões.
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Depois do PSG, a reforma. É esse o plano de Luís Campos, o diretor desportivo do emblema parisiense detentor da Liga dos Campeões, que espera ver um dos seus jogadores a levantar a Bola de Ouro, no próximo dia 22. O português disse num programa da RMC Sports, que se "Dembelé se chamasse Messi ou Ronaldo" já podia festejar por antecipação face ao que ganhou.

"O PSG será o meu último projeto, prometi isso à minha família. O meu sonho é ganhar mais Ligas dos Campeões e campeonatos. Sonho para o clube em que trabalho. Depois do PSG, irei para a reforma, de certeza", garantiu o português, que lidera do projeto futebolístico dos parisienses, que este ano levantaram a primeira Champions do seu historial.

Luís Campos disse ainda que demorou até renovar contrato até 2030, exatamente por ter feito essa reflexão pessoal e familiar: "Tomo decisões sem a pressão do dinheiro ou do projeto, mas pelo prazer. Refleti muito com a minha família e falei com o presidente. O Luis Enrique disse-me que tinha de assinar porque íamos ser campeões da Europa. O melhor trabalho que fiz foi escolher o Luis Enrique. No encontro que tivemos em Barcelona, percebi em poucos minutos que seria ele. E ele também percebeu que íamos ter esta ligação. O trabalho de equipa é fundamental e a prioridade tem de ser sempre o coletivo."

O português, de 61 anos, elogiou ainda a gestão "extraordinária" feita pelo treinador espanhol na temporada 2024/25 face às inúmeras adversidades. "O futebol moderno obriga-nos a jogar mais. Isso fez-nos preparar, estudar e antecipar muito, desde a prevenção até à recuperação e nutrição. O treinador faz uma gestão extraordinária: sabe equilibrar a carga e a recuperação para que os jogadores estejam a 100% nos jogos", revelou o diretor desportivo do PSG desde 2022, depois de passagens de sucesso pelo Monaco e Lille, também da liga francesa.

O PSG começa a defender a "orelhuda", conquistada em maio, numa final, diante do Inter (venceu, por 5-0) , esta quarta-feira, diante da Atalanta, no Parque dos Príncipes, e esse foi o mote para ir a um programa da RMC Sport e falar de tudo sem fugir aos temas mais sensíveis e apontar uma data para a reforma.

"O meu trabalho não se resume ao PSG, é também ajudar o Qatar Sports Investments [grupo que é dono do clube] a crescer no plano que tem no futebol. Algumas pessoas pensam que o trabalho de diretor desportivo se resume apenas ao mercado de transferências. Aproveitei a minha experiência anterior como treinador para ajudar os treinadores, para compreender bem a relação que devemos ter com os jogadores, mas também os valores da disciplina, do rigor e da exigência diária para dar o máximo quando se joga duas ou três vezes por semana. Essa foi a grande diferença no PSG”, explicou.

Luís Campos explicou que a saída do guarda-redes italiano, Gigi Donnarumma, para o Manchester City foi uma questão de dinheiro aliada a uma mudança de filosofia do clube. “Pediu um salário do PSG antigo e não do PSG atual. Foi dos primeiros jogadores que contactámos para renovar, mas as coisas mudaram. A estrela agora é o clube”, afirmou o português, revelando que tanto ele como Luis Enrique foram frontais com Neymar ao dizer que era melhor ele sair porque não encaixava nas ideias do clube nem do treinador para o novo PSG.

Sobre a Bola de Ouro, não tem grandes dúvidas sobre quem merece ser aclamado: “O Dembélé ganhou tudo. Foi eleito o melhor jogador da Ligue 1, foi o melhor jogador da Liga dos Campeões. Se não ganha a Bola de Ouro é porque as pessoas que votam não têm competência para votar. Se se chamasse Messi ou Cristiano Ronaldo não havia discussão. O PSG tem nove nomeados e estamos muito contentes.”

Nuno Mendes, Vitinha e João Neves também estão nomeados para a Bola de Ouro da France Football.

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