José Mourinho: "Como dizem eles, 'I'm not a blue anymore'. Sou vermelho e quero ganhar"
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

José Mourinho: "Como dizem eles, 'I'm not a blue anymore'. Sou vermelho e quero ganhar"

Special One regressa a Stamford Bridge na segunda jornada da fase liga da Champions. Chelsea-Benfica joga-se na terça-feira, 30 de setembro (20h00, Sport TV5).
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José Mourinho esforçou-se para mostrar que já não é blue, mas, entre "o querer ganhar pelo Benfica", no regresso a "a casa", Stamford Bridge, onde foi batizado de Special One, o treinador lembrou que ainda "é o maior", até alguém ganhar o que ele ganhou no Chelsea. Na terça-feira, dia 30 de setembro, o Benfica visita o Chelsea, depois da derrota na 1ª jornada.

"Estar em casa...Estou. Já joguei aqui com o Tottenham, United e Inter. Durante 90 minutos nem eu pensei por um segundo onde estava e com quem estava a jogar. Como dizem eles, "i'm not a blue anymore [já não sou mais azul]". Sou vermelho e quero ganhar", disse o técnico das águias sobre o regresso a Londres, que é também um regresso à Champions, prova que venceu pelo FC Porto e pelo Inter de Milão.

"Os formatos mudam. Quando fui campeão europeu a primeira vez, estávamos a falar do formato mais duradouro. Agora estamos num formato que estou a aprender a conhecê-lo. Há tanto tubarão a nível económico pela Europa, que cada vez mais se torna difícil para as equipas portuguesas. O Benfica é um gigante, equiparo-o aos maiores clubes da Europa, muito maior do que clubes economicamente maiores. Uma coisa é a dimensão histórica e social, outra é a dimensão económica, mas podemos competir no jogo. Por isso disse que não assinava o empate, vamos tentar ganhar", reagiu Mourinho.

Segundo o técnico, os primeiros 20 minutos de jogo vão ser cruciais: "Estou à espera de duas equipas a tentar ganhar. Não acredito que o Chelsea jogue para outra coisa. Jogam em casa, perderam o primeiro jogo e nós, por uma questão de cultura e identidade que quero dar, não haverá estádio ou adversário que nos faça pensar de outra maneira. Se temos de defender bem para ganhar? Obviamente. Do ponto de vista emocional, temos de ganhar o jogo. Perderam em Munique, num calendário mais acessível que o nosso. O nosso calendário é mais complicado. Os pontos que perdemos [3-2, com o Qarabag] são pontos que se pensava que iríamos somar. Vamos ter de ir à caça de pontos."

E quando lhe perguntaram se ir para o Chelsea foi a melhor decisão da carreira, respondeu que foi "um casamento feliz", que serviu ambos. Hoje em dia, a equipa londrina "é uma máquina vencedora", embora nos últimos anos não tenha conquistado tantos troféus quanto era esperado. "O Chelsea ganhou antes de mim, depois começámos a ganhar, continuámos a ganhar, depois houve uma transformação com novas equipas e troféus, entre os quais troféus europeus, e o maior de todos, que é a Liga dos Campeões. O Chelsea é uma máquina vencedora. Sou o maior aqui, até alguém ganhar quatro [Premier League]. É um fait-divers", atirou o setubalense.

Para o treinador do Chelsea, Enzo Maresca, será um "privilégio" defrontar José Mourinho, que classificou como uma "lenda", não só em Londres mas no resto do mundo. E Pedro Neto defendeu ser incontornável olhar para Mourinho e ver um dos melhores do futebol mundial. Um elogio que o técnico do Benfica retribuiu: "O Pedro Neto é um dos melhores alas do mundo. O Roberto [Martínez] é um privilegiado porque na seleção tem três, ou quatro ou cinco jogadores de perfil semelhante. Aqui no Benfica não temos tantos jogadores de perfil semelhante. Gostaria muito de o ter no Benfica."

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