Jorge Viegas: "Miguel Oliveira vai fazer um grande campeonato"
Jorge Viegas acredita que Miguel Oliveira tem condições para ter “uma temporada como deve ser” no MotoGP. “A Pramac é uma equipa fantástica, tem um quadro de técnicos fantástico, sou bastante amigo do dono, o Paolo Campinoti, e portanto sei que o Miguel, que é um piloto que precisa de se sentir confortável dentro de uma equipa para render melhor, está em muito boas mãos”, disse o presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM).
Além disso, segundo o dirigente português, "tudo indica que a Yamaha está bem mais competitiva que no ano passado, pelo que sem os “azares” que o têm afligido nos dois últimos anos, estou convicto que o Miguel Oliveira vai fazer um grande campeonato".
Este sábado, Miguel OLiveira foi 16.º na corrida sprint do Grande Prémio da Tailândia. O português concluiu a prova a 19,569 segundos do vencedor, o espanhol Marc Márquez (Ducati), que bateu o irmão Alex Márquez (Ducati) por 1,185 segundos, com o italiano Francesco Bagnaia (Ducati) em terceiro, a 3,423.
Sobre o Grande Prémio de Portugal, Jorge Viegas enaltece o fim do “sufoco” que era a indefinição governamental nos apoios ao evento, porque "o MotoGP é um investimento fantástico" e "aquilo que o País e a região do Algarve ganham é muito mais do que aquilo que se pagam ao promotor pela vaga" no calendário do Mundial. “Normalmente os circuitos em todo o mundo assinam por um mínimo de três anos, mas a maioria por cinco e alguns até se garantem para 10 temporadas. Portugal só assinou por três anos em 2000, quando fui eu a assinar o contrato com a Dorna pelo Circuito do Estoril. Já era tempo de garantirmos o nosso Grande Prémio pelo menos por dois anos…", disse o português que lidera a Federação Internacional de Motociclismo ao DN.
A espetacular apresentação do mundial de motociclismo de velocidade em Banguecoque, na Tailândia, onde este domingo começa o campeonato e cujo grande prémio foi ganho por Miguel Oliveira em 2022, correu Mundo e deixou claro que o MotoGP entrou numa nova era, a do espetáculo mediático. A Liberty Media, empresa detentora dos direitos comerciais da Fórmula 1, que em abril do ano passado adquiriu 86% do capital da Dorna, empresa promotora do MotoGP, tinha prometido dar uma projeção mediática à modalidade idêntica à da F1. A chegada dos pilotos paralisou a capital tailandesa e houve mesmo exibições no meio do trânsito e o Templo de Mármore, um dos monumentos mais conhecidos de Banguecoque, serviu de cenário para a primeira fotografia oficial do ano com todos os pilotos, viram as suas motos chegarem em táxis tuk-tuk, o meio de transporte popular no país.
"A ideia é essa: aproximar os pilotos dos fãs! O motociclismo sempre foi um Desporto muito perto do seu público e a apresentação em Banguecoque mostra também que é cada vez mais global", segundo o dirigente português.
Desportivamente, Jorge Viegas acredita que “o campeonato vai ser muito bem disputado” e, talvez, “por mais pilotos do que o ano passado” em que só dois - Jorge Martín e Pecco Bagnaia - chegaram à última corrida da época em condições de poderem festejar. E "tendo em conta as muitas alterações de equipas verificadas no final da temporada passada, existem imensas incógnitas mas outras tantas expectativas que vá ser mais um campeonato extremamente disputado e muito emocionante".
Mas é inegável que “há dois grandes favoritos, o Marc Márquez e o Pecco Bagnaia”.