Miguel Oliveira não podia escolher melhor pista do que o Circuito de Buriram, na Tailândia, para começar o Mundial de MotoGP2025. Foi aqui que o português venceu o último dos cinco Grandes Prémios da carreira.“Chegar a Buriram e celebrar o meu 100.º Grande Prémio em MotoGP torna este momento ainda mais especial. É um marco importante, que me faz olhar para o meu percurso com orgulho, mas que também me dá mais motivação para continuar a lutar no futuro”, disse o piloto, confessando, que terminar a época “dentro do top-10” o deixará “muito satisfeito”.Nas 99 corridas realizadas desde a estreia, em 2019, o português venceu cinco: Estíria e Algarve, em 2020, Catalunha, em 2021, e Indonésia e Tailândia, em 2022. Desde então, procura a estabilidade perdida com constantes mudanças de equipa e de moto. Será na Prima Pramac, que conquistou o Mundial de Pilotos em 2024 (Jorge Martín) e de equipas em 2023, mas que trocou a Ducati pela Yamaha, que Miguel Oliveira irá tentar esta temporada fazer melhor do que o 9.º lugar no ano de estreia.O ano passado ficou marcado pela queda sofrida pelo português nos treinos do GP da Indonésia, que resultou na fratura de um pulso e que o manteve afastado das pistas durante as cinco corridas da ronda asiática. Regressou em Barcelona para se despedir da época e da Aprilia/Trackhouse. Por isso este ano será mais um recomeço para o Falcão, que se mantém a voar na elite do motociclismo de velocidade. Aos 30 anos, Miguel Oliveira acredita ainda ter condições para ser competitivo e lutar por vitórias: “O início desta nova época na Prima Pramac Yamaha é verdadeiramente empolgante para mim. Estou pronto para dar tudo nesta nova temporada.”Marc Márquez e Bagnaia favoritosO GP da Tailândia é a primeira das 22 provas que compõem o calendário do mais longo Campeonato do Mundo de Velocidade, que arranca domingo sem o campeão em título, o espanhol Jorge Martín (Aprilia), que sofreu uma queda feia no primeiro dia de testes oficiais e teve de ser operado para debelar “fraturas complexas na mão esquerda” e no tornozelo esquerdo. A pré-temporada foi das mais agitadas dos últimos anos, com múltiplas mudanças de equipa. A subida de Marc Márquez à estrutura oficial da Ducati foi das mais sonantes, com o piloto catalão em busca de igualar os sete Mundiais do italiano Valentino Rossi.Depois do calvário de lesões sofrido desde 2020, Márquez mostra-se confiante na possibilidade de voltar a lutar pelo título, que lhe escapa desde 2019, e tem trabalhado com o fisiologista português Emiliano Ventura, do MSi Bio Performance Center de Madrid, na procura da estabilidade física.O hexacampeão mundial e o italiano bicampeão, Pecco Bagnaia, ambos da equipa oficial da Ducati, partem à frente de todos os outros na luta pelo título, mas o também campeão (2021) Fabio Quartaro (Yamaha) foi um dos mais rápidos nos testes. O que também é um bom indicador para Miguel Oliveira, dada a competitividade da Yamaha.Com um modelo de corridas semelhante ao dos últimos dois anos, com o sábado a acolher a qualificação e a corrida sprint e o domingo reservado para a corrida principal, o pelotão terá ainda três estreantes: o malaio Somkiat Chantra (LCR Honda), o espanhol Fermin Aldeguer (Gresini/Ducati) e o japonês Ai Ogura (Track- house/Aprilia).. Grande Prémio de Portugal a 9 de novembroPortugal integra o calendário pelo sexto ano consecutivo e já tem lugar garantido para 2026. O Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, recebe o grande prémio português no dia 9 de novembro, naquela que será a penúltima corrida da época. O ano passado o evento teve um impacto financeiro na região de cerca de 87 milhões de euros, o que ajudou o Governo a investir num contrato bianual pela primeira vez, garantindo assim que o MotoGP passe por Portugal também em 2026.isaura.almeida@dn.pt .Nova Yamaha entusiasma Miguel Oliveira para 2025