Homenagem ao Sporting teve vénia a Rui Borges e promessa de Varandas: “Queremos muito o tricampeonato”
LEONARDO NEGRÃO

Homenagem ao Sporting teve vénia a Rui Borges e promessa de Varandas: “Queremos muito o tricampeonato”

Campeões nacionais 2024/25 recebidos por Carlos Moedas, na Câmara Municipal de Lisboa. Presidente leonino elogiou “caráter e liderança” do técnico e deixou elogios ao rival Benfica.
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O Sporting foi homenageado na Câmara Municipal de Lisboa pela conquista do título 2024/25, com o presidente Frederico Varandas a confessar que “de todos os títulos, este foi o mais saboroso”, antes de fazer uma vénia a Rui Borges e elogiar o rival Benfica e os adeptos, “campeões dos festejos sem incidentes”, a quem prometeu lutar pelo tricampeonato, algo que não acontece desde 1952/53. “Respeitamos muito os nosso rivais, mas queremos muito, muito, mas mesmo muito, o tricampeonato!”

“Mais importante do que estes títulos, é o rumo que o Sporting está a percorrer. Para os mais distraídos, desde que entrámos em funções, em 2018, o Sporting conquistou três campeonatos, os nossos rivais dois cada um, e isto significa que o Sporting, desde 2018, é o número um em Portugal”, gritou bem alto o líder leonino nos Paços do Concelho.

Depois da conquista do bicampeonato no passado sábado e da festa no Marquês de Pombal que se prolongou pela madrugada de domingo, os campeões nacionais de futebol foram esta segunda-feira recebidos na Câmara com um caloroso abraço de Carlos Moedas. Uma tradição que se mantém, assim como a exibição do troféu na varanda do edifício do município para alegria dos adeptos. Milhares de sportinguistas voltaram assim a celebrar a conquista do bicampeonato na companhia da equipa, que ainda tem uma final a Taça de Portugal para jogar antes de fechar a época 2024/25.

Katia Guerreiro deu as boas vindas aos campeões com uma interpretação da Marcha do Sporting, de Maria José Valério. O troféu chegou ladeado pelo treinador Rui Borges e o capitão Mortem Hujlmand. O técnico foi desafiado pelo adeptos - "e salta Rui Borges, olé, olé..." - e saltou na varanda, sem perder a taça de vista.

Katia Guerreiro deu as boas vindas aos campeões com uma interpretação da Marcha do Sporting, de Maria José Valério. O troféu chegou ladeado pelo treinador Rui Borges e o capitão Mortem Hujlmand. O técnico foi desafiado pelo adeptos - “e salta Rui Borges, olé, olé...” - saltou e ouviu elogios de quem nele confiou para liderar a equipa num momento conturbado. “É indiferente para mim se Rui Borges é de Mirandela, Praça de Londres ou de Cascais, o que me interessa é a capacidade de liderança, gestão do grupo e competência. Nunca estudou, mas é licenciado e doutorado em caráter, nobreza e em valores de qualidades humanas. Pode dar lições a muitas pessoas que nunca conquistaram nada na vida, mas que se acham alguém por falarem na televisão”, disse Frederico Varandas, fazendo uma vénia ao técnico que foi campeão com 19 jogos e sem qualquer derrota.

Homenagem ao Sporting teve vénia a Rui Borges e promessa de Varandas: “Queremos muito o tricampeonato”
Rui Borges. Do Mirandela até à história, como um dos campeões mais rápidos

Este ano, o protocolo mudou e os discursos foram proferidos num palco montado no exterior, com o cânticos dos adeptos a abafarem os elogios de Carlos Moedas aos campeões. "Uma mudança repentina [saída de Amorim] parecia abanar tudo, mas esta equipa venceu e foi capaz de superar todos os obstáculos. Obrigado Hjulmand pela tua liderança, que ajudou a equipa a superar-se, tal como fez o Gyökeres, que superou os próprios recordes. Há alguém que se orgulha muito do que conseguiram e essa pessoa é Manuel Fernandes, que certamente está lá em cima a festejar connosco", disse Moedas, citando Nani e o seu amor ao Sporting.

E quando Frederico Varandas tomou a palavra agradeceu ao presidente do município a ajuda na questão da festa, lembrou que Ruben Amorim e João Pereira também contribuíram para o título, assim como Hugo Viana, mas destacou os presentes: "Quem está aqui, é o bicampeão."

O presidente leonino deixou uma "primeira palavra" para os adeptos do Sporting, que até nos festejos foram campeões. "Obrigado por terem lutado connosco, lado a lado, nos estádios, na estrada, nas ruas, muitas vezes a carregar a equipa às costas nos momentos mais difíceis. Quero agradecer a Carlos Moedas, porque foram mais de 24 horas a tentar encontrar as razões técnicas e políticas para que não existissem condicionamentos na festa, como assim aconteceu", disse Varandas pedindo às forças de segurança e aos responsáveis que não tratem os adeptos como "criminosos".

Os elogios ao presidente do município e ao rival foram recebidos com assobios pelos adeptos, a quem Paulinho ia pedindo calma, para ouvir o que o líder leonino tinha a dizer. "O Benfica foi um digno vencido e valorizaram muito a nossa conquista. Não venceu, mas não deixaram de fazer um grande campeonato. Honra ao nosso grande rival", disse o líder leonino entre os assobios da plateia e antes de enumerar as pedras no caminho até ao título.

"Não tínhamos o maior orçamento, mas fomos quem fez mais pontos, fomos o melhor ataque e a melhor defesa, a equipa que liderou em 30 jornadas da Liga. Tivemos o melhor marcador e o melhor jogador da Liga. Os jogadores são heróis pelas inesperadas saídas que tivemos a meio e pela onda de lesões que tivemos. Quando muitos começaram a tremer, este grupo nunca duvidou e nunca tremeu. Em cada jogo lutámos com tudo o que tínhamos e lutámos até ao fim".

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O momento, a figura e o futuro do Sporting bicampeão nacional de futebol

Após cantarem o habitual Mundo Sabe Que com os adeptos presentes nos Paços do Concelho, os jogadores e restante comitiva leonina regressaram a Alvalade, tal como lembrou Nuno Santos: “Domingo temos mais uma final para conquistar.”

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