Farioli: “Recuperar a mentalidade do FC Porto” é a missão do novo treinador
Francesco Farioli foi apresentado esta segunda-feira (7) como novo treinador do FC Porto. O treinador italiano, de 36 anos, assinou contrato por duas épocas, até junho de 2027, e assume o comando da equipa depois da saída de Martín Anselmi, que não resistiu aos maus resultados de meia temporada no Dragão.
Farioli torna-se o segundo estrangeiro escolhido por André Villas-Boas, que em menos de um ano de presidência chega já ao terceiro treinador. "É um privilégio representar um clube icónico em Portugal e na Europa”, afirmou Farioli no Auditório José Maria Pedroto.
O italiano prometeu muito trabalho para devolver o FC Porto ao topo e classificou o Dragão como o lugar onde quer estar no momento. “É o sítio certo e a fase certa para a próxima fase da minha carreira. Temos muita ambição e desejo de provar a nossa paixão, de recuperar a mentalidade que queremos ver nesta equipa e devolver o FC Porto ao seu lugar", disse.
O percurso do novo técnico começou nos escalões secundários de Itália, como treinador de guarda-redes. Passou pela Aspire Academy e pelas seleções jovens do Catar antes de integrar a equipa técnica de Roberto De Zerbi no Sassuolo.
Já como treinador principal, orientou Karagümrük e Alanyaspor na Turquia, Nice em França e, na última época, Ajax, nos Países Baixos. O clube de Amsterdão mostrou bom futebol ao longo da temporada, mas o vice-campeonato para o PSV após ter conseguido nove pontos de vantagem sobre o final a rodadas antes do fim fez com que a passagem terminasse de forma frustrante.
A escolha de Farioli foi justificada por André Villas-Boas como “ambiciosa”. O presidente sublinhou a visão e o entusiasmo do novo treinador, mas não escondeu que o sucesso dependerá também da remodelação do plantel. “Vamos colocar à disposição todos os meios necessários e renovar profundamente a equipa”, garantiu, falando mesmo em “possivelmente o melhor mercado da história do FC Porto”.
Já Farioli, questionado sobre o momento do clube e as dificuldades herdadas, mostrou-se consciente do desafio: “O presidente foi muito claro sobre a situação, não escondeu nada. Há aspetos diferentes, uns mais difíceis, outros menos. Se quisermos criar uma determinada cultura precisamos de condições de trabalho para que os jogadores se sintam confortáveis e desde o primeiro momento passámos muitas horas, com o presidente e outras pessoas, a entender, por exemplo, o papel de cada jogador", declarou, dando a entender que quererá avaliar cada jogador individualmente.
O italiano ainda afirmou ser capaz de superar estes desafios para levar o Porto aos degraus mais altos neste ano. "Sei o que é necessário para ganhar e sermos competitivos. Se olharmos para longe e nos esquecermos do próximo passo podemos cair. Será uma longa jornada. Podemos passar nas diferentes competições, mas temos de trabalhar com muita vontade, união, espírito", frisou.