O Benfica vai a votos no dia 25 de outubro. O DN desafiou os seis candidatos à presidência do clube para o quadriénio 2025-2029, Rui Costa, Luís Filipe Vieira, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho a responder às mesmas cinco questões sobre cinco temas essenciais na vida do clube, desde a prioridade após a eleição, à política e projeto desportivo para o futebol, passando pelo passivo e pelo futuro da instituição Benfica. Eis as respostas de Cristóvão Carvalho. A prioridade das prioridades, assim que for eleito é...Unir o Benfica em torno de um projeto ambicioso e credível, que devolva o Clube aos Sócios e coloque o futebol a vencer de forma consistente. Isso significa criar uma gestão profissional, transparente e moderna, capaz de reforçar o plantel com critério e segurar os talentos da formação. A prioridade absoluta é devolver ao Benfica a hegemonia desportiva em Portugal e a presença regular entre os grandes da Europa.Como se encontra o equilíbrio entre a formação e a exigência desportiva de um clube como o Benfica? Formar para vender ou formar para alimentar a equipa e ter sucesso desportivo?A formação é a joia da coroa do Benfica e não pode ser vista apenas como fonte de receita. O objetivo é claro: ter quatro titulares formados no Seixal na equipa principal, reter os melhores jovens durante pelo menos quatro anos e só depois vender em condições que sirvam o Clube. Ou seja, primeiro alimentar a equipa com talento da casa, ganhar títulos com eles e, só depois, no momento certo, realizar transferências estratégicas. Formar para vencer – e não para vender cedo demais.O Benfica apresentou um resultado positivo de 34,4 milhões de euros. O passivo baixou para 474,9 milhões – ainda é um problema? E como se baixa mais?Sim, continua a ser um problema. Apesar da redução, quase 475 milhões de euros de passivo representam uma herança pesada. O Benfica tem de crescer em receitas para não depender de vendas apressadas de jogadores. O nosso plano prevê duplicar receitas para 450 milhões/ano em quatro anos e chegar aos 700 milhões/ano em oito, colocando o Clube no top 10 europeu. Com mais rigor, novas fontes de receita e uma gestão eficiente, o passivo deixará de ser um travão e passará a ser um capítulo encerrado na história financeira do Benfica.José Mourinho cabe no seu projeto desportivo para o futebol? Porquê?José Mourinho não faz parte do projeto que apresento para o Benfica. Tenho todo o respeito pelo seu percurso, mas considero que a sua contratação foi feita como trunfo eleitoral por Rui Costa e não como solução desportiva estruturada. O Benfica precisa de um treinador que se enquadre num projeto sólido, moderno e de longo prazo. É por isso que já assumi publicamente que o nome que quero para liderar a equipa principal é Jürgen Klopp. Acredito que Klopp reúne as condições ideais: mentalidade vencedora, experiência de topo e capacidade de desenvolver talento, alinhando-se com a nossa visão de um Benfica dominante em Portugal e competitivo na Europa.Como é o Benfica do futuro? (Uma medida reformista até 2030)O Benfica de 2030 será um clube com um milhão de Sócios ativos, entre os dez maiores da Europa, com receitas anuais acima de 700 milhões de euros. Teremos um Estádio da Luz ampliado e modernizado, academias e Casas Benfica fortalecidas em Portugal e no mundo, e seremos uma potência global, mas sempre enraizada na sua identidade. Também assumiremos a liderança em sustentabilidade e responsabilidade social. Uma medida reformista concreta até 2030 será garantir a gratuitidade das transmissões televisivas dos jogos em casa para todos os Sócios. Isso reforça o orgulho de ser associado e consolida a ligação do Clube à sua base.isaura.almeida@dn.pt.Candidatos à presidência do Benfica: Aposta na formação e em Mourinho quase unem o que o passivo separa