Covid-19 afasta João Almeida da Volta a Itália
João Almeida testou positivo e está fora do Giro d'ìtália, numa altura em que ocupava o quarto lugar da classificação geral e liderava a classificação da juventude. A UAE Emirates já confirmou a desistência num comunicado: "O português, que teve sintomas de gripe durante a noite, testou positivo à covid." A Emirates informou ainda que os restantes ciclistas e staff foram testados, mas que não surgiram mais casos positivos.
"Estamos obviamente muito tristes porque o João e a equipa de apoio estavam a realizar uma excelente corrida. Os nossos objetivos passavam pelo pódio do Giro e a camisa branca como melhor jovem ciclista e estávamos a lutar para vencer ambos. É uma má notícia, mas esta é a realidade que vivemos todos os dias há dois anos. Temos que aceitar e olhar para frente. Agora o mais importante é que João se recupere o quanto antes", referiu Mauro Gianetti, chefe da equipa.
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O médico da equipa no Giro, Michele de Grandi, explicou que o ciclista de 23 anos, das Caldas da Rainha, começou por testar positivo durante a noite de quarta-feira, após sentir "dores persistentes na garganta". "Temos regras apertadas de prevenção e, além de desinfetar os ambientes habitualmente usados pela equipa em cada dia, mantemos os atletas em quartos individuais para limitar contactos próximos", esclareceu.
Na etapa de ontem, apesar de ter caído na tabela e saído do pódio, João Almeida prometeu "lutar até ao último quilómetro" por melhores resultados. "O Giro ainda não acabou", atirou.
Em entrevista ao DN antes do início do Giro, o ex-ciclista Alberto Contador colocava o português como um dos favoritos ao triunfo na Volta a Itália.
"O João Almeida é um nome relevante no ciclismo da atualidade. Não só por tudo aquilo que está a conseguir, mas pela sua forma de competir, que tanto o caracteriza. O João Almeida está a crescer muito e se fizer as coisas bem feitas, é um dos meus favoritos para fazer algo de grande nesta Volta à Itália", disse o espanhol ao DN.
Há dois anos, João Almeida, então na Deceuninck-Quick Step e na primeira época como sénior, chegou a ser líder do Giro durante duas semanas, mas depois, nos últimos dias da prova acabou por perder a liderança, terminando a Volta a Itália no quarto lugar da geral, precisamente o posto que ocupava agora antes de ser obrigado a desistir.
No ano passado voltou a estar no top 10 da Volta a Itália (terminou em sexto) e venceu a Volta à Polónia e a Volta ao Luxemburgo. Já neste ano acabou em terceiro lugar a Volta à Catalunha e foi oitavo no Paris-Nice. Agora foi traído pela covid e forçado a abandonar a prova que termina no domingo