Jorge Costa com André Villas-Boas
Jorge Costa com André Villas-BoasFOTO: FACEBOOK FC PORTO

André Villas-Boas despede-se de Jorge Costa, "a eterna lenda" do FC Porto

O presidente dos dragões deixou uma longa mensagem de despedida ao seu diretor e recordou uma mensagem que ele lhe enviou recentemente.
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André Villas-Boas, presidente do FC Porto, lamentou esta terça-feira, 5 de agosto, a morte de Jorge Costa, aos 53 anos, descrevendo o antigo internacional português e capitão como uma eterna lenda do clube, do qual era diretor do futebol profissional.

“Partiu Jorge Costa. O nosso ‘Bicho’. A eterna lenda do clube. Respeitado por tantos, querido por todos os portistas, uma referência como pessoa, como profissional e um ídolo para muitos”, reconheceu o dirigente, através do site oficial do FC Porto.

André Villas-Boas expressou condolências à família, aos filhos e aos amigos de Jorge Costa, bem como ao universo ‘azul e branco’, pela morte do antigo defesa central, que “permanecerá para sempre vivo na memória de todos os portistas”, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória.

Jorge Costa com André Villas-Boas
Jorge Costa (1971-2025). O capitão que jamais será esquecido

“Jorge Costa foi um dos nossos mais queridos jogadores, uma lenda que vivia o clube e o portismo como poucos. Era único na sua forma de ser e de se relacionar connosco e com as nossas cores. Queremos hoje dizer-lhe que estaremos sempre ao seu lado, com a consciência e a obrigação de lhe devolver tudo o que ele nos deu ao longo da sua vida. E foi muito: sangue, suor e lágrimas”, notou.

As cerimónias fúnebres vão começar na quarta-feira, com homenagens no Estádio do Dragão entre as 15h00 e as 22h00, estando a missa de corpo presente agendada para o dia seguinte, na Igreja de São João Baptista da Foz do Douro, antes da romagem ao Cemitério de Agramonte.

“Não é possível definir o Jorge. Ele personificava tudo o que é e será sempre o FC Porto. A sua forma vertical de lutar pelas vitórias, o espírito de conquista sem limites, a entrega comovente ao seu clube e a liderança que carregava às costas, com o mítico e eterno número ‘dois’, continuaram a marcar a história do FC Porto com conquistas nacionais e internacionais”, definiu André Villas-Boas.

Jorge Costa representou os ‘dragões’ em 383 jogos oficiais, entre 1992 e 2005, e foi capitão durante várias épocas, tendo conquistado uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Taça Intercontinental, oito títulos de campeão nacional, cinco Taças de Portugal e cinco Supertaças.

“Em termos pessoais, recordo-o de uma forma especial. Tive nele sempre um amigo e nele sempre vi uma fonte de força e de inspiração na entrega que somos obrigados a colocar em prol do nosso clube. Um amigo que sempre esteve ao meu lado. Um amigo exigente que, quando sentia que alguém esmorecia, logo vinha com uma mensagem de força e de foco. Ainda há pouco tempo me escreveu estas palavras: ‘André, quero que saibas que estarei sempre ao teu lado pelo nosso FC Porto”, referiu o líder dos ‘dragões’.

O ex-defesa somou 50 internacionalizações e dois golos pela seleção principal de Portugal, que representou nas fases finais do Euro2000 e do Mundial2002, já depois de ter conquistado o Mundial de sub-20 de 1991, em Lisboa.

“Era assim: metia o corpo, ralhava, levava-nos para a luta e só largava quando nos visse outra vez a festejar uma vitória. Muitos de nós recordam o que sofreu quando teve de nos deixar para representar o Charlton. E, sobretudo, recordamos a sua rasgada alegria quando regressou e vestiu de novo a camisola azul e branca. E o que fez a seguir? Ganhou tudo”, recordou.

Há um ano, na sequência da vitória de André Villas-Boas sobre o já falecido Pinto da Costa nas eleições do FC Porto e da subida à I Liga com o AVS, Jorge Costa voltou para liderar o futebol profissional dos ‘dragões’ e assistiu à conquista da Supertaça frente ao Sporting no banco, ao lado de Vítor Bruno, primeira aposta técnica da nova administração.

“Também não esquecemos que, quando singrava como treinador, decidiu abandonar a sua carreira porque acreditava que poderia ser de novo útil ao seu clube num cargo diretivo. Veio sem arrependimentos e entregou-se de corpo e alma às suas novas funções. E foi assim que hoje nos deixou: a trabalhar para o sucesso do FC Porto, depois de uma reunião técnica e de uma entrevista em que falou sobre o próximo jogo desta época que agora começa, com a mesma vontade de ganhar que sempre o caracterizou”, finalizou.

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