Alemanha contra o adeus de Kroos e a Dinamarca com ameaça de tempestade
Tiquetaque, tiquetaque. Os ponteiros do relógio continuam a avançar para o final da carreira de Toni Kroos, que vai coincidir com o último jogo da seleção da Alemanha no Euro 2024. E, terminada a fase de grupos, na noite deste sábado (20.00 horas) em Dortmund, frente à Dinamarca, em jogo dos oitavos de final, poderá ser a última dança do médio de 34 anos, que antes do início do torneio disse que queria disputar as últimas partidas da sua carreira “com o maior êxito possível”.
É esse êxito que a mannschaft procura na noite deste sábado, num jogo que poderá ser prejudicado pela tempestade prevista para a hora do jogo, com fortes chuvas e ventos de 100 a 140 quilómetros por hora. Sem querer ouvir falar do eventual adeus de Kroos, Julian Naglesmann assumiu que esta é a partida “mais importante” desde que é selecionador alemão, mas garantiu que a equipa está “bem preparada”, embora não tenha revelado a estratégia, nem quem estará na frente: Kai Havertz ou Niclas Füllkrug? “Tomei uma decisão, mas não vou revelá-la.”
A boa notícia para os alemães é a recuperação de Antonio Rüdiger, que sofreu uma distensão numa coxa nos festejos do golo do empate com a Suíça, pelo que poderá estar no eixo defensivo ao lado de Nico Schlotterbeck, que vai render o castigado Jonathan Tah.
Do lado dinamarquês, o selecionador Kasper Hjulmand confirmou esta sexta-feira que o capitão Christian Eriksen está em dúvida para o embate com os alemães devido a problemas estomacais e intestinais. “Ele está a sentir-se melhor e esperamos que possa jogar”, assumiu o treinador, ciente que seria uma baixa de peso para a sua equipa, que já não poderá contar com o sportinguista Morten Hjulmand, que à partida iria ser rendido por Thomas Delaney, que no entanto está em dúvida por causa dos mesmos sintomas de Eriksen.
Sobre o duelo com os vizinhos, o selecionador da Dinamarca lembra que “a Alemanha é uma das favoritas” ao título, mas deixou uma certeza: “Têm jogadores de classe mundial, mas vamos tentar irritá-los e usar os nossos pontos fortes.”
Spalletti suspirou de alívio
O primeiro jogo dos oitavos será no entanto em Berlim, às 17.00 horas, com Suíça e Itália a medirem forças. Após o golo tardio que valeu o empate com a Croácia, o selecionador italiano Luciano Spalletti voltou a sentir a mesma sensação quando esta sexta-feira recebeu a notícia que Alessandro Bastoni recuperou da febre e está apto a jogar. Assim sendo, só vai fazer uma mudança no eixo defensivo, com a entrada de Gianluca Mancini para o lugar de Riccardo Calafiori, que cumpre castigo. “Suspirámos de alívio”, assumiu o selecionador italiano, que ainda assim não pode contar com o lateral Federico Dimarco, que recupera de lesão.
Spalletti disse estar avisado para os perigos que vêm do lado suíço. “Eles fazem ataques ferozes e se não estivermos preparados para isso vai tornar-se mais complicado”, começou por dizer, elogiando o talento do médio Granit Xhaka. O treinador italiano recordou o apuramento sofrido e assumiu que “o principal problema tem sido o facto de a equipa não ter conseguido manter o nível durante muito tempo” nas partidas que disputou, algo que espera ver mudado já nesta partida.
Por sua vez, Murat Yakin, selecionador da Suíça, garantiu que a sua equipa “tem qualidade para sobreviver a um jogo” com os italianos, mostrando-se bastante otimista: “Vai correr bem. O empate com a Alemanha deu-nos confiança”.