A importância do golo no dérbi. O “refinado Pavlidis” vs. “o quase imparável Gyökeres”

Numa época em que os golos podem decidir quem é Campeão Nacional, o desempenho de Viktor Gyökeres e Vangelis Pavlidis no dérbi ganha mais importância. O avançado leonino está destacadíssimo na liderança dos melhores marcadores da I Liga, com 38 golos no campeonato, mais do dobro do goleador dos encarnados (18).São os melhores marcadores de Sporting e Benfica, equipas que no sábado, se enfrentam no Estádio da Luz (18h00) na 33.ª e penúltima jornada da I Liga. Para o analista de futebol Pedro Bouças, “Gyökeres pode ser mais letal”, mas o grego “está a um nível muito alto e também pode resolver o jogo”, que espera “equilibrado e com dez minutos finais loucos” e atribuição do título. A nível individual, “os pontos fortes de Gyökeres são a potência, a velocidade e a capacidade de remate de pé direito e pé esquerdo. É muito difícil de parar quando vai embalado. Com espaço, nos momentos de transição, é quase imparável”, frisa, apontando como “ponto menos forte o jogo aéreo”.E como Bruno Lage pode montar a equipa do Benfica de forma a anular Gyökeres? “Sobretudo retirar-lhe espaço. Quando o Benfica estiver a defender, nos momentos de organização, se for uma equipa que dê pouco espaço nas costas, torna a tarefa dele mais difícil. Nos momentos em que perde a bola e que o Sporting pode sair para o contra-ataque, e nesses momentos o Gyökeres é quase imparável, acho que a estratégia terá de passar por impedir quem o municia”, respondeu Pedro Bouças.Segundo o analista e também comentador do Canal 11, se o Benfica conseguir impedir que a bola chegue ao sueco em boas condições e que os criativos leoninos não tenham espaço para decidir e ainda tiver uma reação forte à perda, talvez consiga anular o avançado sueco, um avançado muito diferente do goleador do Benfica: “O jogo entre linhas, a capacidade de ligar o jogo com a equipa, de participar no processo criativo da equipa são os pontos fortes de Pavlidis, que hoje está também com capacidade para finalizar. O menos forte, diria, as movimentações dentro da grande área.”Mas, na opinião de Pedro Bouças, mais do que preocupar-se com o avançado grego, “Rui Borges deverá preocupar-se com Di María e como ele pode servir a equipa e com as entradas do Aktürkoğlu”: “Não acredito que o Sporting monte o seu jogo em função do avançado do Benfica, porque na verdade no Benfica a influência reparte-se por diferentes jogadores. No Sporting é que é mais acentuada a influência que tem em um só jogador, Gyökeres.”Sobre o jogo em si, acredita, “tenderá” a ir ao encontro daquilo em que ambas as equipas são mais fortes. “Será um Sporting que, partindo com vantagem por estar empatado e ter vantagem no confronto direto, se calhar entra mais a explorar os passes e as transições onde o Gyökeres é muito forte, enquanto o Benfica se calhar terá de assumir um bocadinho mais o jogo e o Pavlidis é um jogador refinado nesse capítulo, um jogador que, mesmo perante muita oposição, consegue guardar bem a bola, entregar bem a bola e fazer a equipa jogar”, anteviu o analista de futebol.Ou seja, “na teoria, o Gyökeres pode ser mais letal, mas o Pavlidis também está a um nível muito alto e também pode ser ele a surgir para resolver o jogo”. Benfica e Sporting chegam à penúltima jornada da I Liga em igualdade pontual. Têm ambos 78 pontos, mas os leões ocupam a primeira posição devido à diferença de golos. Como o confronto direto só é aplicado quando as duas equipas já realizaram os dois jogos entre si, até isso acontecer vai prevalecendo o saldo entre golos marcados e sofridos. Nesta altura, os leões têm 85 golos marcados e 26 sofridos, enquanto as águias têm 82 marcados e os mesmos 26 sofridos.isaura.almeida@dn.pt .Dérbi de treinadores. Rui Borges tenta ser o campeão mais rápido e Bruno Lage o sexto repetente do Benfica

A importância do golo no dérbi. O “refinado Pavlidis” vs. “o quase imparável Gyökeres”

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