"Uma prova de que o livro está vivo". Feira do Livro já está aberta ao público
FOTO: Leonardo Negrão

"Uma prova de que o livro está vivo". Feira do Livro já está aberta ao público

A 95.ª edição Feira do Livro de Lisboa conta com 350 pavilhões, 963 marcas editoriais e mais de 85 mil títulos distintos. Até 22 de junho estão programados mais de 3200 eventos.
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A 95.ª edição Feira do Livro de Lisboa abriu as portas esta quarta-feira, 4 de junho, no Parque Eduardo VII, e assim se manterá até dia 22 de junho. 

A cerimónia de inauguração da Feira do Livro de Lisboa contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da até então Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e do presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Miguel Pauseiro. 

A cerimónia contou também com uma homenagem a Pedro Sobral, ex-presidente da APEL que morreu no final do ano passado, num acidente de bicicleta. "O Pedro acreditava na cultura como pilar de democracia e no livro como instrumento de liberdade, e foi com esse espírito que ajudou a modernizar o setor editorial português", menciona Miguel Pauseiro durante a cerimónia.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante a sua intervenção, recordou a primeira vez que visitou a Feira do Livro, há 70 anos, contava com 6 de idade. “Não há registo fotográfico disso, mas há um registo fotográfico no ano seguinte”, disse. 

“Uma Feira do Livro chegar à 95.ª edição é um facto singular. Não apenas pela duração, mas porque nada, ou quase nada, é hoje como era há 95 anos. Há quem escreva livros, quem os imprima, quem os distribua, quem os venda, quem os compre, mas o modo como tudo isso se faz não se assemelha em praticamente nada ao que era noutros tempos”, sublinha o Presidente, acrescentando que esta não será a última visita à Feira do Livro.

“Já tenho aí uma dezena de dias para esse efeito. Já estive aqui como bibliófilo inveterado e aqui marquei presença, desde que exerço as funções que deixarei de desempenhar daqui a meses. As Feiras do Livro, e não apenas a de Lisboa, são um balão de oxigénio para todos: editores, livreiros, autores, leitores e visitantes. É uma prova de que o livro, apesar de tantos desafios, está vivo.”

O evento conta com 350 pavilhões, 963 marcas editoriais presentes e mais de 85 mil títulos distintos. Durante os 19 dias, estão programados mais de 3200 eventos, que incluem sessões de autógrafos, apresentações de livros, conversas e debates.

“As pessoas podem esperar muitos livros, muitos lançamentos de novos livros, mas também muitos livros de fundo de catálogo que não se encontram normalmente em livrarias, muitos eventos com autores, cerca de 1200 autores presentes, que apresentam os seus livros, que falam sobre as temáticas, que fazem sessões de autógrafos e, portanto, há muita ação, muita programação cultural”, afirma o presidente da APEL, Miguel Pauseiro, ao DN à margem da conferência. 

Este ano a Feira do Livro criou o projeto "Vamos Plantar Livros com a Navigator Company", que permite a plantação de uma árvore por cada livro comprado durante o evento. Outra das novidades é o projeto "Acampar com Histórias", que levará 150 crianças entre os 8 e os 10 anos a passar um dia e uma noite na Feira do Livro.

O presidente da APEL espera que o evento receba entre 800 mil e 1 milhão de pessoas . “As nossas expectativas é trabalharmos dentro deste intervalo. Claro que se pudermos superar, muito bem, mas não estamos agarrados a números. Queremos que todos venham, dos 8 meses aos 80 anos, que convivam com os livros, que convivam com amigos, que convivam com as suas famílias, próximo dos livros”, acrescenta.

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