Por outro lado, para o aficionado, o cartel da primeira quinta-feira de agosto foi pouco convincente. Apenas meia lotação preenchida, por um público fácil, num local onde a seriedade e exigência são fundamentais para a defesa da sua categoria.
A empresa escolheu para a data um curro de Vinhas, que acusou muito peso na balança, com média de 575 kg. Todavia, peso nunca será sinónimo de trapío. E foi o que aconteceu. Desiguais de apresentação, com pouca cara, destacaram-se o primeiro e o sexto, com mobilidade e encastadas investidas. O terceiro foi parado e o quarto manso, o segundo e o quinto deixaram-se tourear.
O rejoneador mexicano Emiliano Gamero apresentou-se no Campo Pequeno, atuando em primeiro lugar. Nunca entendi as confirmações de Alternativa dos rejoneadores em Portugal, exatamente, porque são rejoneadores e não cavaleiros de Alternativa, vestidos com casaca e tricórnio. O brinde de Gamero teve contornos românticos: "Vengo a cumplir un sueño en la Patria del Toreo a Caballo. Por eso brindo por mí país y por Portugal". Mas Gamero ficou-se pelo sueño; porque a sua atuação foi de paupérrimo conteúdo e contou com a benevolência do Diretor de Corrida (João Cantinho), que mandou tocar a música após o último curto e, inclusive, autorizou a volta à arena.