Tenor espanhol Plácido Domingo anunciou estar infetado com covid-19 

O cantor fez o teste do novo coronavírus porque tinha febre e tosse e o resultado foi positivo. Mas garante estar bem.

O tenor espanhol Plácido Domingo, de 79 anos, anunciou, numa publicação na rede social Facebook, que o teste que fez para despistar o novo coronavírus deu positivo. "Sinto que é meu dever moral anunciar que tive um teste positivo para a covid-19", escreveu, este domingo.

Plácido Domingo diz que se encontra bem, apesar de ter febre e tosse (dois dos sintomas associados ao surto) e aconselha todos a estarem atentos às recomendações das autoridades de saúde. "Juntos conseguiremos combater este vírus e travar a crise mundial, esperando voltar às nossas vidas normalmente o mais depressa possível", disse acrescentando que se vai manter em quarentena.

"A minha família e eu estamos em auto isolamento até que as autoridades de saúde nos transmitam indicações em contrário".

Em Espanha, nas últimas 24 horas morreram quase 400 pessoas. O país vizinho soma neste momento 28 573 infetados e 17 25 mortos. Com a curva epidemiológica a crescer, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, anunciou o prolongamento do estado de emergência, este domingo, enquanto os médicos espanhóis relatam a "guerra da nossa geração". A região mais atingida pela covid-19 é a de Madrid, com 9 702 infetados e 1 021 mortos, seguida pela da Catalunha (4 704 e 191), do País Basco (2 097 e 97) e a de Castela-Mancha (1 819 e 112).

Plácido Domingo chegou às notícias, há cerca de um mês, com os seus pedidos de perdão às vinte mulheres que o acusaram de assédio sexual nos Estados Unidos, após ter negado repetidamente as acusações, quando um inquérito concluiu existir "comportamento inapropriado".

Num inquérito publicado em agosto pela agência noticiosa Associated Press, nove mulheres afirmaram terem sido assediadas pelo cantor a partir de finais da década de 1980. No mês seguinte, a AP divulgou um segundo inquérito referindo que outras 11 mulheres também revelaram terem sido vítimas de assédio.

Plácido Domingo, habituado a ovações por todo o mundo e que gravou mais de 100 álbuns, ficou desta forma sob a mira do movimento #MeToo, que nasceu na sequência das acusações contra o produtor de cinema Harvey Weinstein em outubro de 2017.

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