Paulo Ribeiro deixa Companhia Nacional de Bailado
Sofia Campos assume a direção artística da Companhia Nacional de Bailado (CNB) a partir de 1 de setembro, sucedendo a Paulo Ribeiro que cessa funções "por decisão pessoal", segundo uma nota enviada às redações pelo gabinete do ministro da Cultura.
Paulo Ribeiro tinha assumido funções como diretor artístico da CNB em novembro de 2016, "tendo desenvolvido um trabalho focado no alcance de novos públicos, na descentralização e na recuperação de repertório existente, assim como na criação de novos espetáculos, convidando coreógrafos inéditos no repertório da companhia", de acordo com a mesma nota.
O ainda diretor está a acompanhar os ensaios das três peças da CNB que encerram o Festival ao Largo, nos dias 26, 27 e 28 de julho, às 22.00 - Serenade, de George Balanchine; Herman Schmerman, de William Forsythe; e Raymonda, de Marius Petipa (terceiro ato).
Em novembro, por ocasião do seu primeiro ano à frente da CNB, Paulo Ribeiro, entrevistado pelo DN, disse que "a companhia tem de ser incontornável". " Tem de ser incontornável no sentido em que não aparece só com um tipo de trabalho, mas com várias possibilidades: peças mais contemporâneas, mais experimentais, mais institucionais, sempre servidas por excelentes bailarinos", afirmava.
O DN tentou contactar Paulo Ribeiro, sem êxito.
Carlos Vargas, presidente do conselho de administração da OPART (a estrutura que integra a Companhia Nacional de Bailado e Teatro de São Carlos), agradeceu "toda a colaboração, dedicação e empenho do coreógrafo durante o período em que desempenhou as funções de diretor artístico da companhia", num comunicado enviado às redações.
Deste período de um ano e oito meses, Carlos Vargas destacou "a contribuição de Paulo Ribeiro no desenho do novo projeto dos Estúdios Victor Córdon que hoje se apresentam como uma aposta no desenvolvimento do ensino da dança e da criação coreográfica."
Paulo Ribeiro, segundo a OPART, "continuará a colaborar com a Companhia Nacional de Bailado" para lá de setembro. "Irá apresentar Lídia, uma obra de sua autoria, no México, em novembro de 2018, integrada na programação da Feira do Livro de Guadalajara, ficando ainda agendada uma nova criação sua, em coprodução com o Théâtre National de Chaillot (Paris/França) para novembro de 2019."
A nova diretora da Companhia Nacional de Bailado era desde janeiro de 2015 vogal do conselho de administração do Teatro D. Maria II.