"Os Maias" são obra-prima de leitura obrigatória para todos

A sugestão de leitura para o mês de agosto de Miranda Calha, deputado constituinte do PS, inclui <em>Os Maias</em>, de Eça de Queirós, e <em>Magalhães</em>, de Stefan Zweig.
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Duas polémicas relacionadas com a área educativa justificam as sugestões de leitura de Júlio Miranda Calha, uma relativa ao fim da leitura obrigatória de Os Maias no secundário e a outra por causa do papel dos portugueses nos Descobrimentos.

"Os Maias é uma obra-prima da nossa literatura" escrita por Eça de Queirós, que com Camões e Fernando Pessoa forma o trio de grandes escritores portugueses, realça Miranda Calha, que foi professor do secundário antes de se dedicar a tempo inteiro à política.

Essa obra "tem tido uma apreciação relativa nos programas escolares", observa o deputado constituinte, mas a sua leitura "deve ser dada a todos, mesmo adultos", para poderem "ler e comparar" as últimas décadas do século XIX com a sociedade atual.

Quanto ao papel dos portugueses de Quinhentos, objeto de nova polémica com o recente anúncio do presidente da Câmara de Lisboa em inaugurar um Museu das Descobertas, Miranda Calha recomenda a leitura de Magalhães, o Homem e o Seu Feito, escrito por Stefan Zweig.

Trata-se de "um trabalho feito por um estrangeiro que conta o que foi a coragem dos navegadores" daquele tempo "e realça o que significou na época", indica o deputado.

"Descobertas não é só chegar a outras terras, mas também a componente tecnológica daquela altura e que foi protagonizada por navegadores portugueses", neste caso pelo "grande Fernão de Magalhães", apesar de estar ao serviço de Espanha.

O livro de Zweig "mostra o que foi relevante para nós analisarmos ou conhecermos o que foi a heroicidade e a coragem daqueles cidadãos que caminhavam e navegavam por esse mundo e deram a conhecer outras terras", conclui.

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