Há dias, o escritor Germano Almeida queixou-se de "prepotência" por parte da editora
Há dias, o escritor Germano Almeida queixou-se de "prepotência" por parte da editoraReinaldo Rodrigues/Global Imagens

LeYa e Germano Almeida chegam a acordo e avançam com publicação de livro que tinha sido suspenso

O romance é uma paródia sobre um roubo no festival Correntes d'Escrita, na Póvoa de Varzim, recorrendo a personagens reais. Com receio de ações judiciais, a editora tinha decidido suspender a obra.
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A LeYa e o escritor cabo-verdiano Germano Almeida chegaram a acordo para publicar o livro "Crime nas Correntes d'Escritas", depois de terem concluído que os "visados estão confortáveis" com a edição, anunciou esta sexta-feira o grupo editorial.

Em comunicado, a Leya refere que, "depois de clarificada a situação, a editora considera que estão reunidas as condições para manter a publicação da obra".

A empresa lembra que "o romance é uma paródia sobre um roubo no festival Correntes d'Escrita, na Póvoa de Varzim, recorrendo a personagens reais", e que "face a ameaças de processo judicial recebidas pela LeYa de visados que se sentiram invadidos e agredidos pela forma como nele são tratados, e depois de consultados os advogados que confirmaram que o livro podia ser objeto de ação judicial, a LeYa optou por suspender a sua edição".

Agora, "por considerarem que os visados no livro estão confortáveis com a sua publicação", está aberto o caminho para a edição da obra, inicialmente prevista para fevereiro deste ano.

Citada no mesmo comunicado, a presidente executiva do grupo LeYa, Ana Rita Bessa, afirmou: "Quisemos proteger os nossos autores e a própria editora de uma possível litigância. Com a clarificação da situação, é com muito gosto que iremos prosseguir o trabalho de edição desenvolvido desde há dois anos e avançar com a publicação deste romance".

Igualmente citado no comunicado do grupo editorial, o também Prémio Camões 2018 declarou: "A Caminho é a minha editora. Trabalhamos juntos há 32 anos e este romance contou com a colaboração do meu editor Zeferino Coelho, que sempre motivou a edição deste livro. Fico contente por termos ultrapassado a situação porque sei que, quer o Zeferino quer a Caminho, acreditam e apoiam esta minha obra",

Há dias, o escritor cabo-verdiano Germano Almeida disse à Lusa que tinha abandonado a editorial Caminho, queixando-se de "prepotência" da administração do grupo LeYa ao travar a publicação do seu último livro com uma "invenção", sem o ouvir.

Na mesma altura, Germano Almeida anunciou que iria publicar o livro em Cabo Verde, pela Ilhéu Editora, de que é sócio juntamente com a mulher e com Ana Cordeiro, esperando que o lançamento possa acontecer em breve.

Além de "Crime nas Correntes d'Escritas", a Ilhéu prepara-se para publicar outra obra em que Ana Cordeiro surge como entrevistadora de Germano Almeida.

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