"Sentimo-nos como em casa". Assim definem os Gipsy Kings sobre atuar em Portugal, país em que sempre fazem concertos - geralmente com grande público. A noite de ontem no Coliseu dos Recreios em Lisboa, não foi diferente. Os bilhetes praticamente esgotaram para ver ou rever o grupo que ganhou o mundo com um estilo musical único e agora está a levar aos palcos de várias cidades do mundo a digressão A Mi Manera.."Amamos Portugal", começa por dizer ao DN José Laborde, porta-voz dos Gipsy Kings. A atual formação conta com o membro fundador Diego Baliardo e novos músicos, num total de nove no palco, com destaque para as seis guitarras. .As cadeiras eram marcadas, mas poucos foram os que ficaram sentados durante a apresentação. Apesar de a maior parte do público serem pessoas com mais idade, também estavam jovens, o que mostra a capacidade dos Gipsy Kings conquistarem novas gerações. "Nós conquistamos as crianças já na barriga das mamãs", diz José Laborde..O alinhamento foi repleto de clássicos, do início ao fim, a começar com Hoy, Pida me la e Allegria. Sucessos em inglês reiventados em espanhol ao estilo flamenco como Hotel California e A Mí Manera também não faltaram. Com o passar das músicas, a energia aumentou ainda mais com os clássicos mais dançantes, como Baila me, Djobi Djoba e Galaxia..A noite encerrou com Bamboleo e Volare, algumas das músicas que colocaram o grupo no tops de música a nível mundial. Não houve quem não batesse as fortes palmas, típicas do flamenco. Apesar de não ser permitido filmar nem fotografar, os fãs não obedeceram a regra e registaram todo a animada apresentação. .Os Gipsy Kings até arriscaram palavras em português, como "obrigado" e "amo vocês". Aliás, a palavra amor foi repetida no concerto e também na entrevista ao DN, descrito como aquilo o que os move e o que pretendem espalhar com a música e cultura cigana pelo mundo. .Evitando falar de temas políticos na entrevista, reconhecem o preconceito existente com a comunidade cigana e usam a arte como a forma de combate mais poderosa. .Foto: Rita Chantre / Global Imagens.Vinda do Brasil.O grupo chegou ao país depois de uma passagem pelo Brasil, onde tocaram pela primeira vez com esta formação. "Adoramos o Rio de Janeiro", disseram ao DN. Um dos concertos no país teve de ser cancelada devido às chuvas que alagaram Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. "Foi uma pena, mas queremos voltar quando tudo estiver bem", pontua José..Questionados sobre o estilo musical do país, confessaram gostar de Michel Teló, artista sertanejo que ficou conhecido mundialmente com a música Ai se eu te pego. Depois dos três concertos em Portugal, o grupo está com apresentações marcadas na Estónia, França e Suíça.