Concentração a favor no arranque do 82.º Festival de Cinema de Veneza.
Concentração a favor no arranque do 82.º Festival de Cinema de Veneza.EPA

Festival de Cinema de Veneza começa com protestos contra Israel pela situação em Gaza

Estão a ser organizadas várias manifestações a favor dos palestinianos ao longo da duração da 82ª edição do festival, que termina no dia 6 de setembro.
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O 82.º Festival de Cinema de Veneza, que começa esta quarta-feira em Itália, com o filme “La Grazia”, de Paolo Sorrentino, poderá ficar marcado por protestos contra Israel, pela situação humanitária e de guerra em Gaza.

De acordo com a agência noticiosa Efe, estão a ser organizadas várias iniciativas de protesto durante o festival, onde são esperadas dezenas de figuras públicas, nomeadamente uma manifestação no sábado, a cargo do coletivo “Venice4Palestine”.

Este grupo, formado por ativistas, profissionais e jornalistas italianos, já tinha lançado uma carta aberta apelando ao festival para que condenasse “a agonia de um genocídio perpetrado em direto pelo Estado de Israel".

Na competição oficial, onde estão A House of Dynamite, de Kathryn Bigelow, Frankenstein, de Guillermo del Toro, Bugonia, de Yorgos Lanthimos, e Father Mother Sister Brother, de Jim Jarmusch, Veneza incluiu também The Voice of Hind Rajab, de Kaouther ben Hania, que remete para a crise humanitária em Gaza.

Este ano, o Leão de Ouro de carreira vai distinguir o cineasta e escritor alemão Werner Herzog e a atriz norte-americana Kim Novak, estando prevista ainda a atribuição de outros prémios aos realizadores Gus Van Sant e Julian Schnabel.

No programa “Clássicos de Veneza”, destinado a celebrar “as grandes obras-primas e os mestres incontestáveis da história do cinema”, figura Aniki-Bobó (1942), primeira longa-metragem de Manoel de Oliveira, restaurada pela Cinemateca Portuguesa.

Entre os filmes escolhidos para a secção “Orizzonti” está o filme The Souffleur, de Gastón Solnicki, que tem direção de fotografia de Rui Poças.

Dois projetos de coprodução portuguesa, ambos de realidade virtual, marcam presença no programa competitivo “Veneza Imersivo”: The Big Cube, de Menghui Huang, e Sense of Nowhere, de Hsin-Hsuan Yeh.

O projeto de longa-metragem O Sorriso de Afonso, do realizador João Pedro Rodrigues, produzido pela Terratreme Filmes, com coprodução de Itália e Luxemburgo, vai estar no mercado do filme, paralelo ao festival.

Neste mercado de financiamento estarão ainda duas coproduções portuguesas: Torn Heart, do brasileiro Helvécio Marins, e The Mammoths that Escaped the Kingdom of Erlik Khan, documentário da realizadora macedónia Tamara Koteveska.

O festival de Veneza termina a 6 de setembro.

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