Edgar Martins venceu o Grande Prémio do Sovereign Portuguese Art Prize 2025, atribuído pela Associação SAF, com a obra Anton’s Hand is Made of Guilt. No Muscle or Bone. He has a Gung-ho Finger and a Grief-stricken Thumb. Trata-se de um trabalho feito na sequência da morte de um amigo do artista, o fotojornalista Anton Hammerl, na guerra da Líbia, em 2011. O valor do Prémio, que vai já na quarta edição e que premeia artistas contemporâneos a viver em Portugal ou na diáspora portuguesa, é de 25 mil euros. . Nascido em 1977, em Évora, Edgar Martins é um artista visual que combina fotografia, arquivo e investigação e trabalha temas recorrentes como a guerra, migração, encarceramento, tecnologia e urbanismo. "Embora não tenda a categorizar o meu trabalho como fotografia, no sentido tradicional do termo, ele é, em praticamente todos os aspetos, fotográfico. E a fotografia, historicamente, não tem sido particularmente bem-sucedida quando é forçada a competir com outros meios. Por isso, recebi esta notícia com surpresa e entusiasmo em igual medida", diz artista, citado em comunicado.Também foi distinguida Alice Marcelino, que recebeu o Prémio Feminino, lançado em parceria com a Sassy Women Society, e que é atribuído este ano pela primeira vez, no valor de dois mil euros. A vencedora é escolhida entre as mulheres finalistas com pontuação mais alta, excluindo o vencedor do Grande Prémio, e visa dar visibilidade às artistas femininas. .Alice Marcelino foi distinguida pela obra Black Skin White Algorithm. Um trabalho inspirado no manifesto Pele Negra, Máscaras Brancas, de Frantz Fanon, e que "explora como as ideologias coloniais persistem nos sistemas algorítmicos, onde a negritude é frequentemente codificada como ameaçadora ou desviante", lê-se em comunicado.Nascida em 1980, em Portugal, Alice Marcelino usa a fotografia e processos digitais como meio privilegiado de expressão, e trata temas como a migração, a tradição e a identidade. .Ambos os vencedores foram selecionados por um júri de oito elementos e presidido por David Elliott. Fizeram parte Adelaide Ginga, diretora do MACAM – Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, João Paulo Queiroz, presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes, Maura Marvão, representante de Portugal e Espanha da Phillips, Tim Marlow OBE, CEO e diretor do Design Museum, em Londres, Philippe Vergne, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Armando Cabral, colecionador e curador e Francisco Trêpa, artista e vencedor do Sovereign Portuguese Art Prize 2024.Há ainda mais um galardão a atribuir, o Prémio do Público, no valor de dois mil euros. Serão os visitantes da exposição dos 30 finalistas do prémio, na Sociedade Nacional da Belas Artes (SNBA), que vão votar, presencialmente ou online. A Sovereign Portuguese Art Prize 2025 — Finalists Exhibition pode ser visitada a partir de hoje, dia 26 de novembro, e até 13 de dezembro de 2025. "Todas as obras em exibição estão disponíveis para venda e as receitas são divididas equitativamente entre os artistas e os programas de artes expressivas da SAF, que apoiam crianças desfavorecidas em Portugal. Desta forma, os colecionadores podem adquirir obras contemporâneas relevantes, contribuindo diretamente para uma iniciativa social essencial", explica a Associação SAF, fundada e presidida pelo empresário britânico Howard Bilton. .Burle Marx, o paisagista brasileiro que desenhava jardins como obras de arte.Frida Orupabo e Neïl Beloufa. Programação do MAC/CCB para 2026 inclui artistas que usam "linguagem dos jovens"