Dados da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), divulgados em setembro, indicam que existiu um aumento de 7% das vendas de livros em Portugal, face ao ano anterior, e que 65% dos portugueses compraram livros em 2023. E nesse universo é na faixa entre os 25 e 34 anos que mais se compram. Se os leem, de facto, já é outra história. O mais natural será que a tendência continue este ano. Para tal há um oceano de lançamentos e que aqui só lhe podemos dar conta de uma ínfima parte, como por exemplo, à venda a partir de 14 de janeiro o livro Guerra Nuclear - um Cenário, de Annie Jacobsen, editado pela Dom Quixote, o relato, minuto a minuto, das 72 horas que medeiam entre a queda de um míssil nuclear nos EUA e o apocalipse. Denis Villeneuve, de Dune, será o realizador da longa-metragem baseada neste livro "bestseller" do The New York Times. .Também da mesma editora e à venda na mesma data, Dicionário Crítico da Revolução Liberal, (1820 – 1834), chega às livrarias com a coordenação de Rui Ramos, José Luís Cardoso, Nuno Gonçalo Monteiro e Isabel Corrêa da Silva e ver obre a maior mudança política e social em Portugal desde a Idade Média, a revolução liberal, uma enorme transformação política analisada por mais de 70 historiadores analisam..Entradas e Saídas, de Michael Richards, da Casa das Letras, é a biografia do ator que deu corpo e alma à personagem Kramer da série Seinfeld, à venda a 21 de janeiro. De assinalar o novo romance de Afonso Reis Cabral, O Último Avô, sete anos depois de Pão Açúcar..A Editora Tinta da China vai dar início à publicação da prosa completa de Antero de Quental em três volumes, edição de Ana Maria Almeida Martins. 2025 vai receber a obra de Clarice Lispector, começando, no dia 20 de janeiro, pela publicação de quatro romances centrais na sua obra, da responsabilidade da Companhia das Letras: A paixão segundo G.H., Água viva, Um sopro de vida e Perto do coração selvagem. Ainda nesse ano será publicado um livro inédito em Portugal, que reúne crónicas e outros textos: Para não esquecer. Ainda a destacar, o novo romance do Prémio Nobel da Literatura de 2024. O novo livro da sul-coreana Han Kang, Despedidas Impossíveis, chega no primeiro trimestre de 2025 pela mão da editora Dom Quixote. Os mais recentes do japonês Haruki Murakami, A Cidade e as Muralhas Incertas. Do espanhol Arturo Pérez- Rever chega O Problema Final, ambos publicados pela Casa de Letras, também são esperados nos primeiros meses do novo ano..O regresso do Shakespeare.O ano no teatro começou com a entrada em vigor, desde 1 de janeiro, da medida que garante o desconto de 50% a jovens até 25 anos nos espetáculos do Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional São João, do Teatro Nacional de São Carlos e do CNB/Teatro Camões.No que respeia aos destaques da programação, destaca-se no Trindade o regresso, a 5 de março, o musical Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, encenado por Diogo Infante. Com temas musicais portugueses que vão de êxitos de José Cid, Amália Rodrigues, às Doce, entre outros,tem sido um sucesso de bilheteira, em 2023 esteve quatro meses em cena com mais de 40 mil espetadores. A 6 de fevereiro está agendada a estreia Um País que é a Noite, de Tatiana Salem Levy e Flávia Lins e Silva com a encenação Martim Pedroso com os atores Rui Melo e Maria João Falcão, entre outros. A peça parte de um diálogo ficcional entre os poetas Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, horas antes deste último fugir para o Brasil..Por sua vez, o Teatro São Luiz leva à cena, Macbeth de Heiner Müller com a encenação de Paulo Castro. O dramaturgo contemporâneo dá uma visão mais sanguinária, brutal e contemporânea à peça de William Shakespeare. Em cena de 6 a 8 de março estará a peça Pessoa – Since I’ve been me de Robert Wilson com textos Fernando Pessoa. O elenco conta com Maria de Medeiros, Aline Belibi, Rodrigo Ferreira, Klaus Martini, entre outros.A destacar ainda a peça A Farsa Inês Pereira de Pedro Penim a partir da obra de Gil Vicente. O elenco conta com Ana Tang, Bernardo de Lacerda, Hugo van der Ding, June João, Rita Blanco, Stela, Vítor Silva Costa. Vai estar em cena no Teatro Variedades de 12 de fevereiro a 2 de março..No Porto, da programação do Teatro Nacional São João, destacam-se Quem Tem Medo de Virginia Woolf? de Edward Albee com tradução, encenação e versão cénica de Simão do Vale Africano, em cena de 6 a 16 de fevereiro. De 13 a 16 de março chega ao Porto (depois de uma temporada em Lisboa, no Trindade – até 16 de fevereiro), a peça A Médica de Robert Icke com a encenação Ricardo Neves-Neves, com Adriano Luz, Custódia Gallego. Em Braga, capital portuguesa da Cultura em 2025, a programação do TheatroCirco de Braga começa já no dia 2 de janeiro com a peça Hamlet de William Shakespeare com adaptação, encenação e dramaturgia de Alexej Schipenko. Em cena só até 4 de janeiro..Cattelan em Serralves.Ainda a Norte, na programação de exposições do Museu de Serralves para 2025 destaca-se a exposição de várias obras do italiano Maurizio Cattelan entre as quais "uma das peças mais importantes dos últimos anos" como adjetivou o diretor do museu, Philippe Vergne, referindo-se a Comedian, a “polémica” banana colada com uma fita a uma parede que também estará exposta em Serralves (e que foi vendida em novembro por quase 6 milhões de euros); tal como Daddy, Daddy, - um boneco Pinóquio afogado numa fonte- , ou La Nona ora, uma imagem do Papa João Paulo II no chão, atingido por um meteorito. Para ver a partir de junho..A exposição da artista sul-africana Zanele Muholi que é realizada em colaboração com o museu Tate Modern em Londres, é outro dos destaques. No seu trabalho a artista documenta a vida das comunidades lesbian, gay, trans, queer e intersexo na África do Sul. Em outubro será a vez de receber uma seleção de obras da artista alemã Anne Imhof, vencedora do Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2017. Serão também exibidos trabalhos criados especificamente para a exposição em Serralves.De regresso à programação em Lisboa, a partir de fevereiro, o MAAT recebe uma retrospetiva do artista português Rui Moreira com 100 desenhos e pinturas. A partir de abril terá lugar a exposição dos trabalhos dos seis seis finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2024: Alice dos Reis, Evy Jokhova, Francisco Trêpa, Inês Brites, Maja Escher e Sara Chang Yan. O vencedor será escolhido por um júri internacional.Ali perto, na zona de Belém, o MAC/CCB apresenta a exposição 31 Mulheres da colecionadora Peggy Guggenheim, dedicada ao trabalho de mulheres artistas nos Estados Unidos, estará patente de 27 de fevereiro a 15 de junho de 2025. Em abril, a 17, as atenções viram-se para exposição Chantal Akerman. Travelling foca-se no trabalho e percurso da cineasta, escritora e artista belga, incluindo arquivos dos seus primeiros filmes e as suas últimas instalações de 2015. Estará patente até 7 de setembro. Ainda em Lisboa, desta feita na Gulbenkian, destaca-se a exposição Paula Rego e Adriana Varejão de 11 de abril a 15 de setembro. Esta exibiç~ºao junta cerca de 80 obras da artista portuguesa Paula Rego e da artista brasileira Adriana Varejão, mostrando as linhas comuns dos seus trabalhos. Arte Britânica, patente de 14 de março de 2025 a 21 de julho com mais de 100 obras de 74 artistas,é outro dos destaques. Inclui obras de Bridget Riley, Anthony Gormley, Rachel Whiteread, Frank Auerbach e David Bomberg. Nesta exposição, serão apresentadas obras de artistas portugueses que viveram em Inglaterra como a já referenciada Paula Rego, Bartolomeu Cid dos Santos, Menez, Eduardo Batarda, Fernando Calhau, Graça Pereira Coutinho, João Penalva e Rui Sanches..Kravitz, Minogue, Lionel Richie e muitos mais....O ano 2025 já conta com vários concertos marcados, começando com um concerto em janeiro da banda portuguesa Linda Martini no Lisboa ao Vivo no dia 31 e 1 de fevereiro no Hard Club no Porto. Também no mês de fevereiro, a cantora norte-americana Gracie Abrams irá atuar no Meo Arena em Lisboa no dia 11. Entre os concertos de artistas portugueses no segundo mês do ano destacam-se o de Van Zee no dia 7 no Coliseu de Lisboa, os Xutos & Pontapés no dia 22 no Meo Arena, e Plutónio no dia 28 no Meo Arena. .Já o mês de março começa com os concertos dos canadianos Godspeed You! Black Emperor no Music Station, em Lisboa, no dia 1 e na Casa da Música no Porto no dia 2. A banda sul-coreana Kiss of Life irá atuar no Sagres Campo Pequeno em Lisboa no dia 13 de março. No mesmo mês, o grupo The Script vão atuar no Meo Arena em Lisboa no dia 14 e no Super Bock Arena no Porto no dia 15. .Em abril, destaca-se os concertos do artista colombiano Maluma no Meo Arena em Lisboa no dia 6, do cantor norte-americano Lenny Kravitz, no dia 8, e da banda sueca Ghost no Meo Arena em Lisboa no dia 29. .Em maio, pode-se contar com concertos como o dos The Lumineers no dia 2 no Meo Arena em Lisboa, Tate Mcrae no dia 7 também no Meo Arena em Lisboa, os Pixies no dia 10 no Campo Pequeno em Lisboa e Rod Stewart no dia 13 no Meo Arena em Lisboa. .Já em junho, os Guns n’ Roses irão atuar no Estádio de Coimbra no dia 6 e os Imagine Dragons irão ao Estádio da Luz em Lisboa no dia 26 de junho. No mês de julho destacam-se os concertos dos Iron Maiden no dia 6 e Kylie Minogue no dia 15 ambos no Meo Arena em Lisboa, Beth Gibbons atua no Coliseu de Lisboa no dia 16 e Lionel Richie no dia 29. E já está marcado o concerto dos One Republic no dia 16 de novembro..Em relação a festivais de verão, o Primavera Sound irá decorrer de 12 a 15 de junho no Parque da Cidade do Porto e o cartaz conta com nomes como Fontaines D.C, Deftones, Parcels, Charli xcx e Central Cee. Já o Nos Alive decorre no Passeio Marítimo de Algés em Oeiras de 10 a 12 de julho com nomes no cartaz como Olivia Rodrigo, Noah Kahan, Benson Boone, Girl In Red e Kings of Leon. O festival Meo Marés Vivas irá decorrer nos dias 18 de julho e 19 de julho e irão atuar Thirty Seconds To Mars, Os Quatro e Meia e Scorpions. .* com João Céu e Silva (livros)