Ator de "Empire" acusado de fingir ataque racista e homofóbico entregou-se
Jussie Smollett, o ator e protagonista que interpreta Jamal Lyon na série Empire, afirmou ter sido vítima de um ataque homofóbico e racista levado a cabo por dois homens nigerianos em janeiro. Contudo, as dúvidas sobre o seu estatuto de vítima começaram a surgir quando os media americanos avançaram a informação de que a polícia suspeitava que Jussie Smollet teria pago aos dois homens, os irmãos Ola e Abel Osundairo, para o atacarem.
Na quarta-feira um porta-voz da polícia de Chicago disse que as acusações contra o ator haviam sido aprovadas, e Jussie Smollet foi acusado de "conduta desordeira e de apresentar um falso relatório policial", contou a BBC. O ator acabou por se entregar às autoridades nesta quinta-feira, avança a Associated Press.
Os advogados do ator, Todd Pugh e Victor Henderson, haviam afirmado em comunicado que "como qualquer outro cidadão, o senhor Smollett goza de presunção de inocência, sobretudo quando houve uma investigação como esta, onde tem existido repetida fuga de informação, verdadeira e falsa."
"Nada está mais longe da verdade e qualquer um que alegue o contrário está a mentir" haviam antes dito também em comunicado quando começaram a circular informações de que o ator teria fingido o ataque.
Os dois irmãos saíram do país depois do alegado ataque, foram detidos no seu regresso, e depois libertados. Um dos supostos assaltantes é o personal trainer de Smollet, e ambos trabalharam já na série Empire.
O ator, assumidamente gay, disse ter sido vítima de insultos raciais e homofóbicos num ataque em que lhe teriam batido, lançado uma substância química sobre ele, e posto uma corda à volta do pescoço. Os atacantes, segundo a versão de Smollett terão feito referências à América "great again" de Donald Trump.