Realizador Christopher Nolan, ganhou o Óscar para melhor realizador pelo filme Oppenheimer.
Realizador Christopher Nolan, ganhou o Óscar para melhor realizador pelo filme Oppenheimer.Patrick T. Fallon / AFP

7 Óscares para a maioria de Oppenheimer

Noite previsível a nível de prémios mas com um entretenimento sério e competente. Porém, porém...houve justiça necessária para a Bella Baxter de Pobres Criaturas: segundo Óscar para Emma Stone! A grande sensação numa noite de derrota total para Martin Scorese em Assassinos da Lua das Flores.
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Tudo como se esperava numa cerimónia que pautou o bom gosto cénico com alguma falta de gancho explosivo, mesmo apesar do espantoso momento de Ryan Gosling a cantar I'm Just Ken, de Barbie. Oppenheimer venceu os principais prémios numa plateia com o cão Messi, Robert De Niro pouco sorridente e Bradley Cooper sempre com a mãe.

Ryan Gosling protagonizou um dos momentos da noite com I'm Just Ken.
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O filme de Christopher Nolan não desiludiu e venceu nas categorias de melhor filme, melhor realização, ator, Cillian Murphy, ator secundário, Robert Downey Jr. , montagem e fotografias. Rival só mesmo Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos, com quatro Óscares.

Consagração para o cineasta de Dunkirk e A Origem, alguém que a indústria de Hollywood tem interesse em premiar pelo seu poder na bilheteira e a sua influência, mesmo não sendo um autor consensual pela crítica.

Surpresas muito poucas, para além de Emma Stone ter roubado a estatueta de Lilly Gladstone, talvez em parte a omissão na categoria de melhor filme de animação para Homem-Aranha Através do Universo, da Sony, derrotado por O Rapaz e a Garça, de Miyazaki, que não compareceu a mais uma glória na sua carreira em Hollywood.

Emma Stine venceu o segundo óscar de Melhor Atriz.
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O filme japonês não era favorito mas já tinha vencido o Golden Globe. Ainda não é desta que temos um realizador português com um filme premiado: o luso-americano Joaquim dos Santos era um dos realizadores do fenómeno Spiderman... Nos efeitos visuais, também o menos favorito Godzilla Minus One venceu. Surpreendente ainda a ausência de Wes Anderson que não apareceu para recolher o Óscar de melhor curta-metragem, o maravilhoso A Incrível História de Henry Sugar. Uma ausência que até foi motivo de paródia por parte de Jimmy Kimmel.

Dos discursos desta noite, importante lembrar as lágrimas sentidas de Da'Vine Joy Randolph, a atriz secundária de os Excluídos, o lamento de Mstslav Chernov, o realizador de 20 Dias em Mariupol, que ao receber o Óscar de melhor documentário, por estar a ser vencedor de um filme cujo tema queria que nunca tivesse existido (a invasão à sua Ucrânia) e a ovação de pé a Cillian Murphy no momento em que venceu o Óscar de melhor ator em Oppenheimer, frisando ser um irlandês orgulhoso. Por outro lado, inesquecível a forma como Martin Scorsese sorriu amargurado com a sua derrota em Assassinos da Lua das Flores, mas, ao mesmo tempo, a aceitar com desportivismo a vitória de Nolan na categoria de realização.

Dos discursos desta noite, importante lembrar as lágrimas sentidas de Da'Vine Joy Randolph, a atriz secundária de os Excluídos.
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Fica ainda a piada do apresentador com sucesso estrondoso contra Trump, supostamente com um tweet contra Kimmell, que replicou que o ex-presidente dos EUA já estava em infração contra o horário de recolha prisional. Hollywood é anti Trump.

Melhor Filme

Oppenheimer, de Christopher Nolan

Melhor Realização

Christopher Nolan- Oppenheimer

Melhor Ator

Cillian Murphy- Oppenheimer

Melhor Atriz

Emma Stone- Pobres Criaturas

Melhor Argumento Adaptado

Cord Jefferson- American Fiction

Melhor Argumento

Arthur Harari e Justine Triet- Anatomia de uma Queda

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