A embarcação onde segue o ativista português Miguel Duarte, reporta a Flotilha Humanitária, terá sido alvo de um ataque no porto de Tunes. O ativista refere ter “visto um drone a sobrevoar a embarcação” e disse ter “100% de certezas de que foi um drone a largar uma bomba na parte da frente do barco”, referindo que era o único português na embarcação por estar responsável pelo “turno da noite”. Os vídeos divulgados sustentam que o incêndio no barco da Flotilha deflagrou depois de um engenho vindo de cima da embarcação. Daí a tese de drone, que não foi assumida pelo Governo português. “As informações são muito limitadas e, portanto, não poderei acrescentar nada mais que o facto de ir recolher, precisamente, mais conteúdo informativo para poder emitir alguma opinião”, afirmou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em viagem à China. Ladeado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que não se pronunciou e que tinha, antes, considerado não ter de “garantir proteção” à Flotilha.Os gabinetes dos Ministérios da Defesa e Negócios Estrangeiros estarão, sabe o DN, em contacto com embaixada e consulados tunisinos, de modo a ratificar a informação que o ministro do Interior local, Khaled Nouri, passou, com a garantia da guarda costeira tunisina de que “não existiu qualquer ato hostil nem ataque externo.”.Governo de Espanha diz que flotilha não foi atacada por drone e reitera proteção diplomática. A Tunísia e Israel não terão relações diplomáticas. Aquele país tem-se posicionado favorável à ajuda à Palestina e mostra preocupação com uma possível invasão do território. As entidades governamentais portuguesas não encontram, portanto, ligação direta com um possível ataque tunisino em nome de Israel, preferindo esperar por mais desenvolvimentos.Espanha, fortemente envolvida no apoio à missão diplomática, fala em “facto estranho”, de “investigar”, e que as autoridades tunisinas dizem que “nada tem a ver com um drone e sim outro acidente ou incidente”, refere o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jose Manuel Albares.Os seis tripulantes no barco não sofreram ferimentos. O Bloco de Esquerda lançou uma subscrição de apoio, dirigida à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Presidente do Conselho Europeu, António Costa, para “a aplicação de sanções imediatas contra Israel.” Mariana Mortágua considerou que “esta missão é um risco porque há um estado que não respeita a lei internacional” e pediu ao Governo “proteção" aos cidadãos portugueses. .Barco da flotilha humanitária com bandeira portuguesa atacado por drone em Tunes. Tunísia desmente.Mariana Mortágua volta a apelar à ação do Estado Português na defesa da Flotilha para Gaza.Flotilha para Gaza. “Podíamos ter morrido”, diz português a bordo do barco atingido (Veja os vídeos)