Vinte pessoas resgatadas vivas de edifício que ruiu

Vinte pessoas foram ontem encontradas vivas no meio dos destroços de um edifício de oito andares que ruiu na quarta-feira no Bangladesh, em Savar na periferia da capital Daca, provocando pelo menos 256 mortos.
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Numa informação saudada por aplausos de familiares presentes no local, um porta-voz do exército informou inicialmente que havia 40 sobreviventes, um número que depois o chefe de bombeiros em declarações à agência francesa France Press, emendou para 20.

De acordo com testemunhas no local dos escombros do edifício, onde funcionavam fábricas de vestuário, saem gritos de sobreviventes que aguardam ajuda, enquanto o número de mortes continua a aumentar e centenas de pessoas continuam desaparecidas.

"Localizámos várias bolsas dentro dos destroços, onde muitas pessoas ainda estão presas. Podíamos ouvir os seus gritos. Eles recebem comida, água e oxigénio", disse o diretor dos bombeiroslocais, Mahbubur Rahman, acrescentando que até ao momento foram resgatadas com vida cerca de 1.500 pessoas.

O colapso da fábrica ocorreu na quarta-feira, tornando-se o pior acidente industrial da história do Bangladesh e a mais recente tragédia no setor de vestuário daquele país, dando origem a críticas a marcas ocidentais que privilegiam o lucro em detrimento da segurança.

O Bangladesh é o segundo exportador mundial no setor de vestuário, a seguir à China.

Em novembro de 2012, um incêndio numa fábrica têxtil fez 111 mortos.

A cadeia britânica Primark e a espanhola Mango assumiram ter fábricas no edifício que ruiu.

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