Vereador do PSD em Setúbal abre o debate sobre as dragagens no Sado

"Ainda há tempo de parar com ações que provoquem danos e ouvir para tomar a decisão que sirva melhor os interesses de Setúbal, da região e do país", dizem os sociais democratas
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O vereador do PSD na Câmara Municipal de Setúbal Nuno Carvalho levou pela segunda vez a debate o tema das dragagens no Porto de Setúbal, esta quinta-feira. A proposta para criar uma "entidade de acompanhamento independente" para a obra, a elaboração de um estudo de impacto económico e audições com interessados na área da pesca, turismo e conservação natural foram recusadas. Mas o PSD promete continuar o caminho na Assembleia da República.

"Independentemente do chumbo da proposta a primeira reação da APSS [Administração do Porto de Setúbal e Sesimbra] para realizar sessões de esclarecimento é a concretização de um dos objetivos, sendo certo que o caminho que fazemos agora na Assembleia da República com a bancada do PSD também dará frutos para assegurar que não haja danos no setor da pesca e turismo", refere Nuno Carvalho numa nota envida à comunicação social.

A proposta discutida e chumbada com os votos da CDU e do PS pedia "a realização de um estudo de impacto económico em setores fundamentais como a pesca ou o turismo, reconhecendo que é enorme a importância da pesca e do turismo em Setúbal e não está quantificado o alcance de eventuais efeitos negativos nestes setores".

Defendia ainda "a criação de uma entidade de acompanhamento independente para garantir o respeito pelo princípio de prevenção ambiental " e a necessidade de "ouvir as cooperativas de pesca e outras associações cívicas que não foram diretamente consultadas na fase de consulta pública".

A consulta pública aconteceu entre 22 de março e 19 de abril de 2017, mas associações ambientalistas e cidadãos presentes na manifestação organizada no passado dia 13, em Setúbal, contra as dragagens acusam a Administração do Porto de Setúbal e o Ministério do Mar, responsáveis pela obra, de a terem ocultado.

"Ainda há tempo de parar com ações que provoquem danos e ouvir para tomar a decisão que sirva melhor os interesses de Setúbal, da região e do país. E nestes interesses contam-se os ambientais, mas também os económicos e sociais", anuncia o vereador no comunicado.

As obras de alargamento do canal marítimo de acesso ao Poro de Setúbal para permitir a passagem de embarcações de maior calado começaram no dia um de outubro, tal como previsto. No entanto, ainda não foram iniciadas as escavações no fundo do rio Sado, que preveem a retirada de quase 6,5 milhões de metros cúbicos de areia, segundo a Declaração de Impacte Ambiental do projeto.

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