Vem aí "última guerra" e uma nova conspiração pelo trono
Depois de Arya ter matado o Rei da Noite, Winterfell acorda para enterrar os mortos (neste caso queimar os mortos) e celebrar os vivos. O quarto e antepenúltimo episódio da oitava temporada de A Guerra dos Tronos trouxe-nos mais uma morte inesperada, um pedido difícil de cumprir e uma nova conspiração em torno do trono.
Uma hora e vinte minutos de episódio mostraram aos fãs de A Guerra dos Tronos os momentos que se seguiram à vitória contra o exército dos mortos-vivos, naquela que ficou conhecida coma a "grande guerra". Daenerys chora a morte de Jorah e Sansa a de Theon Greyjoy. As duas mulheres fortes da vida de Jon continuam a dar mostras de não se entenderem.
Ainda para mais quando Sansa e Arya ficam a saber que afinal é Jon o verdadeiro herdeiro do trono da família Targaryan. Uma revelação que este pede às irmãs que mantenham em segredo, mas que depressa se torna do conhecimento de oito pessoas, deixando de ser um segredo e passando a ser "uma informação", nas palavras de Varys.
Informação essa que vai ser muito útil para lançar a última conspiração em torno do Trono de Ferro. Varys tenta convencer Tyrion que Jon talvez seja o rei mais indicado para se sentar no trono e ser proclamado rei dos setes reinos. Além de reunir mais consensos em Westeros, teria a seu favor o facto de ser mais ponderado que Daenerys.
O grande problema é que Daenerys fez Jon Snow (de nome verdadeiro Aegon Targaryen) prometer que não iria revelar a sua verdadeira identidade - ser filho da irmã de Ned Stark e do irmão de Daenerys Targaryen - e que não iria reclamar o trono.
Mas o facto de ter contado às irmãs e estas não terem mantido segredo - é Sansa que conta a Tyrion que o irmão é o legítimo pretendente ao trono - pode muito bem forçar Jon a ignorar a promessa feita.
Para já, apenas Tyrion e Varys são os únicos que equacionam esta hipótese, mesmo contra a vontade do bastardo do Norte, que neste episódio se está a dirigir pela estrada do Rei até ao Porto Real, com as tropas do Norte, os Imaculados e os Dothraki, para defrontar Cercei Lannister, ao lado de Daenerys.
Depois de Viserion ter morrido às mãos do Rei da Noite, eis que Daenerys a rainha dos dragões, vê mais um dos seus animais morrer, de forma inesperada. Rhaegal morre numa emboscada de Euron Greyjoy, quando parte das tropas de Daenerys se dirigiam para Dragonstone, antes de enfrentarem a "última guerra", ou seja a guerra contra Cersei.
Abatido por setas gigantes, o dragão cai no mar desamparado. Nesta emboscada, Missandei é capturada e acaba por morrer às mãos de Cersei, depois de Daenerys pedir a sua rendição. Estes são os momentos finais do episódio que lançam o mote para a batalha que se avizinha.
Estas duas mortes deixaram os fãs inconsoláveis, mas deixaram também a Mãe dos Dragões pronta para a batalha.
No campo amoroso, este episódio mostrou Jaime e Brienne juntos pela primeira vez. O que afastou de vez as hipóteses de Tormund, que decidiu regressar para lá da Muralha com os Selvagens. Porém, ainda o episódio não tinha acabado e já Jaime estava a abandonar a Cavaleiro Brienne de Tarth para ir mais uma vez socorrer a irmã.
Depois do choque entre os fãs com a cena de sexo protagonizado entre Arya e Gendry, a relação entre os dois parece ter tido um ponto final neste último episódio. A grande heroína, que não gosta de heróis, recusa um pedido de casamento do agora Lorde de Ponta Tempestade, Gendry Baratheon. Ao pedido para ser a sua lady, Arya responde: "Eu não sou uma lady".
Na verdade, a mais nova dos Stark parece estar mais empenhada em terminar a sua lista de pessoas a eliminar. Em conversa com Clegane, o Cão de Caça, a quem se junta para ir até Porto Real e de onde diz não voltar, deixa antever que pode ir atrás de Cersei. Será Arya novamente a heroína que vai matar o grande vilão da "última guerra" - Cersei?