Um dos maiores bordéis da Europa declara falência por causa da pandemia

O "Pascha", onde trabalham 120 prostitutas, teve que fechar por causa da pandemia e queixa-se da falta de informação da parte das autoridades sobre uma possível data para a reabertura.
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Um dos maiores bordéis da Europa, o "Pascha" na cidade alemã de Colónia, declarou falência, informou a imprensa local. "Estamos no fim", disse o diretor do espaço, Armin Lobscheid, ao jornal Express.

Segundo Lobscheid, o bordel usou todas as suas reservas financeiras durante a proibição da prostituição decretada pelas autoridades do estado da Renânia do Norte-Vestfália por causa da atual pandemia de covid-19.

O bordel funciona num edifício de dez andares e acolhe cerca de 120 prostitutas freelancers, além de cerca de 60 funcionários, incluindo massagistas, cabeleireiros, seguranças ou cozinheiros.

O responsável pelo espaço criticou as autoridades por não serem claros em relação a quando as restrições ao funcionamento do bordel podem acabar, com a decisão de adiar a reabertura a ser tomada a cada 14 dias.

"Não podemos planear as coisas assim. Podíamos ter conseguido evitar a falência com a ajuda dos bancos se tivéssemos a garantia de poder estar outra vez a funcionar no início do próximo ano", disse ao jornal, acrescentando que toda a gente sabe que a prostituição continuou apesar da proibição, mas de forma anónima e sem que os impostos sejam pagos. E deixando as mulheres mais desprotegidas.

A Alemanha legalizou a prostituição em 2002. Em Berlim, os bordéis foram autorizados a reabrir em meados de agosto, mas apenas para serviços como massagens eróticas. O sexo estava ainda proibido, prevendo-se novo aligeirar das medidas só agora no mês de setembro.

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