Esta operação para deitar abaixo o prédio de 13 andares, já transformado num esqueleto de betão cheio de cargas explosivas, decorrerá entre as 08:30 e as 12:30 de dia 12. .A torre 5, a mais próxima do rio Douro, foi a primeira a ser implodida, em dezembro de 2011, numa altura em que o autarca esperava ter o bairro totalmente demolido até ao fim do mandato..Um ano depois, a Câmara do Porto revelou à Lusa que apenas previa demolir em 2013 "mais uma ou duas" das quatro torres de 13 andares que restavam no bairro concluído em 1976, onde já moraram 1300 pessoas..A mudança de planos deveu-se à necessidade de "recalendarizar o plano de intervenção" devido à "alteração da composição do fundo de investimento"..Classificando a demolição como "um conhecido desígnio do atual executivo municipal" que "há muito considerou o bairro como irrecuperável" e viu essa decisão "sufragada nas eleições de 2009", a Câmara revelou na quarta-feira que permanecem em três torres do bairro 138 famílias e que outras tantas foram realojadas, pelo que "a taxa de desocupação da totalidade do bairro é superior a 50%"..Coordenada pelo serviço municipal de Proteção Civil, a demolição da torre 4 é "financiada pelo Fundo Especial de Investimento Imobiliário [FEII]" criado pela autarquia para demolir o bairro..A primeira torre do bairro foi demolida por implosão às 11:45 de 16 de dezembro de 2011, precisamente dez anos depois da inesperada primeira vitória eleitoral de Rui Rio nas autárquicas de 2001..O prédio de 13 pisos veio abaixo em segundos, como um suspiro, cinco horas depois de se iniciar uma operação que envolveu 150 quilos de vários materiais explosivos e obrigou mais de 500 moradores a abandonar as casas..Carregada com 550 cargas explosivas nos três primeiros pisos e no oitavo andar, a torre caiu num instante deixando apenas uma nuvem de pó no ar - 25 quilos de explosivos distribuídos por dez tanques de água colocados à volta do edifício absorveram poeiras e detritos..A intenção de demolir o "Aleixo" foi anunciada dois anos e seis meses antes, a 16 de julho de 2008, numa altura em que se estimava que lá vivessem cerca de 960 pessoas. .O processo foi suspenso durante a campanha autárquica de 2009 devido à contestação dos outros candidatos, mas Rio retomou a ideia depois de nova eleição..Em maio de 2012 o principal investidor do FEII (Vítor Raposo, através da Gesfimo) ainda não tinha subscrito os 60% de unidades de participação apesar de já ter expirado o prazo contratual, pelo que em julho a Câmara aprovou um aumento da participação autárquica no fundo e a entrada do ex-futebolista e treinador António Oliveira no negócio..Atualmente, o fundo "INVESURBE encontra-se totalmente estabilizado" pois "o capital foi totalmente realizado por todos os investidores que atualmente" o compõem: Câmara do Porto, Espart e António Oliveira, cujas participações no capital são, respetivamente, de 30%, 33% e 37%", divulgou o gabinete de comunicação do município na quarta-feira.