Em confinamento comem-se mais gelados e compram-se menos produtos de higiene pessoal

O teletrabalho e confinamento alteraram hábitos de consumo. Segundo a Unilever, o consumo de gelados disparou e o de produtos de higiene pessoal caiu.
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Segundo a multinacional Unilever, as vendas de gelados aumentaram 26% durante três meses até junho, mas a procura de champôs e desodorizantes caiu durante o auge do confinamento devido à pandemia de covid-19. O chá também foi um dos produtos mais procurados.

Isto explica-se de uma maneira simples, mais satisfação imediata e menos ocasiões para trabalhar fora ou socializar. Ao invés dos produtos de higiene pessoal e como era de esperar, os de desinfeção das mãos e da casa aumentaram, num esforço para combater a covid-19.

Marcas como a Magnum ou a Ben e Jerry, as duas de gelados, por exemplo, beneficiaram muito do confinamento e outras como as de desodorizante da Lynx à Dove viram encolher o seu volume de vendas nestes meses. A trabalhar em casa, as pessoas lavam menos o cabelo, os homens fazem menos a barba e até o uso do desodorizante é negligenciado.

A procura de produtos de limpeza doméstica seguiu o caminho inverso. A Unilever diz que os produtos de limpeza de superfícies, como o Cif ou Domestos, foram dos mais vendidos depois de terem apostado em campanhas destinadas aos consumidores com o enfoque no combate ao novo coronavirus.

A própria Unilever registou neste período de tempo um aumento de 4% nos lucros, muito graças à corrida ao papel higiénico dos primeiros dias da pandemia, mas também da venda de outros bens de consumo. "Na América do Norte e partes da Europa houve um impacto positivo devido ao acumular de bens em março", explicou Alan Jope, CEO da empresa, à BBC.

Os níveis de consumo acabaram depois por estabilizar, com os produtos de higiene a revelar alguma recuperação.

Com mais pessoas a comer em casa, alguns produtos como as sopas instantâneas e os molhos para saladas dispararam as vendas.

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