Teatro Aberto debate futuro posto em causa pelo Governo

O Novo Grupo-Teatro Aberto (NG-TA), em Lisboa, debate hoje, às 18:30, o seu futuro, com "espetadores, personalidades de diversos quadrantes da sociedade, nomeadamente da política e da cultura", segundo o comunicado emitido por esta companhia.
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"O nosso futuro foi posto em causa pela proposta de decisão dos concursos de apoio à criação teatral", lê-se no comunicado.

"Estamos revoltados perante aquilo que consideramos ser uma ação política que visa o fim deste projeto artístico", escreve o NG-TA.

Em abril passado, o NG-TA publicou uma carta aberta na qual contestava os resultados dos concursos de apoio à criação teatral da Direção-Geral das Artes (DGArtes).

Na ocasião, em declarações à Lusa, o encenador João Lourenço, responsável da companhia e um dos seus fundadores, afirmou que os resultados punham em causa "o funcionamento e a continuidade de quase todas as companhias", sublinhando: "A nossa, muito particularmente, e acho que houve alguma tentativa para que isso acontecesse".

A DGArtes fixou um teto máximo de 400.000 euros para apoios, tendo sido destinado ao NG-TA "cerca de 163.000 euros, o que é absolutamente impossível", disse o encenador à Lusa.

A verba atribuída este ano "é manifestamente curta e não dá para continuar, não chega para nós, nem para outros, estamos solidários com os outros".

Segundo o responsável, as verbas atribuídas habitualmente ao NG-TA eram na ordem dos 600.000 euros.

O Novo Grupo-Teatro Aberto foi fundado em 1982, remontando as suas origens ao Grupo 4, criado no início da década de 1970.

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