Subsídios de desemprego com quebra de 3% em outubro
O número de beneficiários das prestações de subsídio de desemprego recuou em 3% em outubro, com a generalidade dos distritos do país a assistir a uma diminuição dos subsídios pagos no último mês. Faro, Beja, Setúbal, Açores e Madeira foram as únicas exceções.
De acordo com as estatísticas mensais da Segurança Social, publicadas esta sexta-feira, a Segurança Social pagou em outubro prestações por desemprego a 223 167 beneficiários, menos 7136 que no mês anterior, no que corresponde a um recuo de 3%. Comparando com o mesmo mês de um ano antes, porém, foram pagos mais 42% de subsídios (um aumento de 65 795).
Os dados fazem recuar ligeiramente a taxa de cobertura do subsídio de desemprego, que desce em outubro aos 55,3% de desempregados registados no Instituto de Emprego e Formação Profissional que recebiam a prestação por perda de trabalho. Em setembro, a taxa estava em 56,1%.
A diminuição no número de beneficiários estende-se a quase todo o território nacional. No entanto, o Algarve, região com maior subida relativa do desemprego devido à pandemia, vê o número de prestações processadas pelo centro distrital da Segurança Social de Faro subir em 9%, para chegar a cerca de 16 mil beneficiários. Face há um ano, o crescimento é de 166%, o maior no país.
Também a Madeira vê as prestações pagas subirem 4%, e o distrito de Beja em 3%. Em termos homólogos, os crescimentos são de 32% e 53%, respetivamente.
Açores e distrito de Setúbal assistiram, por seu turno, a reduções muito ligeiras nos beneficiários. No caso dos Açores, trata-se da única região do país onde são hoje pagos menos subsídios de desemprego que em outubro de 2019. A descida é de 7%, nos cálculos do Dinheiro Vivo com base nos dados da Segurança Social.
Já em termos mensais, Bragança (menos 9%), Aveiro (menos 8%) e Viseu (menos 8%) registaram em outubro as maiores diminuições nas prestações de desemprego pagas.
Os dados da Segurança Social permitem ainda concluir que foi no grupo das mulheres com idades entre os 30 e os 44 anos que se concentrou sobretudo a redução de subsídios do último mês. Houve menos 4 371 subsídios atribuídos, quase dois terços da diminuição observada.
Entre as mulheres, a redução de beneficiárias foi de 5% (menos 6 589 prestações), para um total de 128 583. Já entre os homens, a diminuição foi de 1%, com menos 547 prestações pagas, para um total de 94 584.
Em outubro, a média de valores das prestações de subsídio de desemprego ficou em 500,82 euros. A despesa mensal com estas prestações terá ficado em 111,7 milhões de euros, menos 1,9% que no mês anterior.