Rússia anuncia que avião caiu no Egito por "ato terrorista" com bomba
Um relatório do serviço federal da Rússia afirma que uma "ação terrorista" com uma bomba causou a queda do avião russo na província egípcia do Sinai no mês passado. A Rússia anunciou que, como resposta, vai intensificar os seus bombardeamentos na Síria e perseguir os responsáveis.
"Podemos dizer sem equívoco que foi um ato de terrorismo", disse Alexander Bortnikov, líder do serviço de segurança FSB. Bortnikov é citado na transcrição de uma reunião desta segunda-feira à noite, dirigida pelo presidente Vladimir Putin, que foi publicada no site oficial do Kremlin.
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O FSB terá encontrado vestígios de explosivos nos destroços do acidente. É a primeira vez que a Rússia, que foi inicialmente cautelosa em atribuir responsabilidades na queda do avião, admite que se tratará de um atentado, teoria já defendida pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.
O FSB anunciou ter descoberto vestígios da explosão de uma bomba artesanal, com um quilo de TNT, após analisar os destroços incluindo os pertences dos passageiros. A bomba que terá detonado quando o avião estava no ar ajuda a explicar por que é que os destroços do avião estavam tão espalhados.
Todos os passageiros e tripulação, 224 pessoas, morreram no acidente de 31 de outubro.
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O presidente Vladimir Putin afirmou que o incidente foi um dos atos mais sangrentos na história russa da modernidade, e ordenou que a força aérea russa intensificasse os seus bombardeamentos na Síria como resposta. A campanha "deve ser intensificada de tal forma que os criminosos compreendam que a retribuição é inevitável", disse Putin. "Vamos procurá-los onde quer que se escondam. Vamos encontrá-los em qualquer sítio do planeta e castigá-los".
A organização terrorista Estado Islâmico reivindicara responsabilidade pelo ataque.
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Entretanto, no Egito, dois funcionários do aeroporto de Sharm al-Sheikh foram detidos, avança a agência Reuters.
Neste momento há 17 pessoas sob custódia, duas delas suspeitas de terem ajudado a colocar a bomba a bordo do avião.
Com Reuters