Rui Rio recusa comentar moção de censura do CDS
"Não vou desfocar a atenção para mais. Não vou falar de outra coisa que não disto [convenção do CEN]". Com este argumento, Rui Rio recusou dizer aos jornalistas qual será o sentido de voto do seu partido face à moção de censura ao Governo que o CDS anunciou ontem, acrescentando que só amanhã ou depois é que dirá o que pensa da iniciativa dos centristas.
Segundo o líder do PSD, a convenção do CEN foi um evento "dificílimo pôr de pé", daí a sua opção de nada dizer sobre a moção de censura do CDS.
Da convenção do CEN vão sair "ideias mas não propostas" para o programa que o partido apresentará nas próximas eleições legislativas (outubro), afirmou ainda.
Segundo sublinhou, outra das virtualidades da convenção, que qualificou como "muito importante", é funcionar assente numa lógica de "militância diferente".
"Não vamos andar com golpes e contragolpes" para escolher nomes para órgãos do partido ou órgãos autárquicos, "vamos discutir ideias". "Isto não é campanha. Isto não é um comício. Trata-se antes uma nova forma de se conseguir militar" no PSD.
Para Rui Rio um comício é, isso sim, o que se vai passar também hoje a poucos quilómetros de distância, em Vila Nova de Gaia, na convenção onde o PS anunciará o nome do seu cabeça de lista às eleições europeias, Pedro Marques, atual ministro do Planeamento e Instraestruturas.