Rio afirma que "pressão da PGR é inaceitável"

Líder do PSD afirma no Twitter que é "inaceitável" a procuradora-geral da República tentar "condicionar um Parlamento livre e democraticamente eleito", ao acenar com a demissão caso seja alterada a composição do Conselho Superior do Ministério Público.
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Rui Rui volta novamente a pronunciar-se no Twitter sobre a polémica em torno de uma eventual alteração da composição do Conselho Superior do Ministério Público e desta vez para criticar fortemente a principal responsável do MP. Depois de Lucília Gago ter acenado com a possibilidade de demissão caso viessem a ser aprovadas alterações à composição daquele órgão, o líder social-democrata acusa-a de "pressão inaceitável".

"A pressão da Senhora Procuradora Geral da República para tentar condicionar um Parlamento livre e democraticamente eleito é inaceitável. O que, por aí, não se diria se fosse ao contrário: p.ex. O Presidente da AR a pressionar a PGR para arquivar um dado processo". escreveu Rui Rio esta terça-feira.

A posição do presidente do PSD vem confirmar o que fontes do PSD já tinham dito ao DN, que as palavras de Lucília Gago tinham caído muito mal no partido.

A Justiça tem sido aliás um dos temas preferidos de Rui rio no Twitter. A 13 de dezembro escrever que este setor "precisa de mais transparência e menos corporativismo". E que o "poder político nunca teve a coragem para o fazer. Cede, facilmente, perante o populismo e a intimidação". O líder do PSD referia-se indiretamente ao facto do PS, pela voz do vice-presidente Filipe Neto Brandão, ter vindo garantir publicamente que não daria a mão ao PSD para qualquer alteração à composição do Conselho Superior do MP.

A conferência de imprensa do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público a anunciar uma greve para fevereiro contra possíveis mexidas naquele órgão motivaram também outro twitte de Rio no dia 14 de dezembro: "Quem tem dúvidas sobre o que pode ser o populismo, o aproveitamento do desconhecimento das pessoas, e a tentativa de condicionamento do poder político pelo poder judicial, não pode perder estas declarações. Ninguém quer politizar! Temos, sim, de democratizar e descorporativizar."

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