Reuniões sindicais mantêm-se em 80 escolas
Em declarações à agência Lusa, Manuel Grilo disse que a reunião sindical teve início nesta escola às 09:00 no pavilhão gimnodesportivo, tendo obtido autorização de entrada no estabelecimento de ensino por parte de um dos responsáveis da escola.
A Lusa constatou no local que, àquela hora, estavam à porta da Escola Básica 2/3 Quinta de Marrocos, em Benfica, cerca de 50 professores para realizar a prova, mas também alguns elementos dos sindicatos acompanhados por agentes policiais e professores do movimento Boicote&Cerco.
Manuel Grilo adiantou à Lusa que os sindicatos "estão a apelar a todos os professores destacados como vigilantes para participarem no plenário e faltarem à vigilância".
"Acreditamos que muitos professores irão aderir", disse, qualificando a forma como o Ministério da Educação marcou a prova -- com três dias de antecedência - como "pouco ética", já que inviabilizou outras formas de luta, "nomeadamente o uso de greve como ocorreu em dezembro".
De acordo com o sindicalista, todas as escolas onde decorre o exame de avaliação tinham reuniões sindicais marcadas para as 09:00.
Questionado pela Lusa sobre se está previsto algum boicote à realização das provas como aconteceu em dezembro, Manuel Grilo disse que da parte dos sindicatos nunca houve essa iniciativa: "quanto ao resto desconhecemos em absoluto".
Em Benfica, a prova também decorre na escola secundária Gomes Ferreira (30 professores, com oito professores vigilantes), mas a reunião sindical irá decorrer na escola Básica 2/3 Pedro de Santarém.
Cerca de quatro mil professores contratados estão inscritos para a prova de avaliação que decorre hoje de manhã, teste que tem sido alvo de forte contestação por parte dos sindicatos.
O Ministério anunciou com três dias úteis de antecedência a data da prova de hoje, que decorre às 10:30 para todos os professores contratados com menos de cinco anos de serviço que não a puderam fazer a 18 de dezembro passado devido a boicotes.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) manteve agendadas reuniões sindicais para as 09:00 como forma de protesto e para tentar impedir a realização da prova, às 10:30, dando justificação aos professores efetivos de não comparecerem ao serviço de vigilância aos colegas.
Contudo, na segunda-feira, o Ministério da Educação enviou uma informação às escolas a indicar que os plenários apenas podem acontecer a partir das 14:00.