Relvas defende Passos e Portas como "último recurso" do centro-direita

O ex-vice-presidente do PSD diz que Luís Montenegro será o próximo líder do partido e que terá por missão "reunificar a direita", em que inclui o novo partido de Santana Lopes. Se falhar, o último recurso é Passos Coelho e Paulo Portas.
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Miguel Relvas admite que o PSD venha a ter o pior resultado de sempre nas legislativas do próximo ano, em entrevista ao Expresso, em que defende que Luís Montenegro, ex-líder parlamentar social-democrata, será o próximo líder do partido. E até já lhe atribuiu uma missão a de "reunificar o centro-direita".

O ex-vice-presidente do PSD e ex-ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que nunca esteve ao lado de Rui Rio, afirma que o atual presidente social-democrata cometeu o erro de se colar ao governo, entregando o eleitorado do centro a António Costa. É por isso, que vaticina um muito mau resultado do partido nas próximas eleições de outubro de 2019. "Hoje como seriam magníficos esses 29% de Ferreira Leite!" - sublinha para mostrar a forte convicção de que o PSD pode descer ainda mais baixo do que esse péssimo resultado que conseguiu nas legislativas de 2009.

Daí que aponte para Luís Montenegro como o senhor que se segue a Rui Rio e com a missão de reunificar o centro-direita, PSD, CDS e o Aliança de Santana Lopes. Defende mesmo que o "nas autárquicas, o centro-direita tem um grande candidato à capital, que é Santana Lopes".

Se Montenegro não se conseguir afirmar, e a gente mais nova falhar, Miguel Relvas só vê uma alternativa. "Num cenário desses, que não desejo nem estimularei, a reunificação do centro-direita terá sempre uma última oportunidade com Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. São o último recurso".

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