Quer ligar a Sharapova na quarentena? Tenista dá o número e garante que responde

A tenista russa de 32 anos deixou neste sábado nas redes sociais uma mensagem a desafiar os fãs a escreverem-lhe mensagens neste período em que estão trancados em casa. "Vou responder-vos", promete.
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A russa Maria Sharapova, antiga número um mundial do ténis, disponibilizou neste sábado o seu número de telefone para ajudar os seus seguidores durante o confinamento motivado pela pandemia da covid-19.

"Procurei uma forma para estar em contacto com todos os meus seguidores, porque passei um bom momento na semana passada, quando realizei uma videoconferência com 150 de vocês. Adorei esse 'chat' e percebi que queria estar mais ligada aos adeptos, porque estamos todos a passar pelo confinamento", referiu a russa num vídeo publicado na sua conta oficial no Instagram.

Sharapova, que anunciou a retirada dos courts em 26 de fevereiro, apela aos fãs para que entrem em contacto com ela, disponibilizando um número de telefone, para o qual os seus seguidores podem "enviar qualquer mensagem". "Vou responder-vos", garante, insistindo no apelo para que lhe enderecem perguntas, digam olá ou sugiram receitas. O número é o 3105647981.

Maria Sharapova decidiu abandonar o ténis. A revelação foi feita pela própria, no final de fevereiro num artigo de opinião na revista norte-americana Vanity Fair,

"Como deixar para trás a única vida que conhecemos? Como será estar longe dos campos em que treinamos desde pequenas, o jogo que amamos - um jogo que trouxe lágrimas e alegrias indescritíveis - um desporto onde encontrei uma família, junto dos fãs que me acompanharam durante mais de 28 anos? É uma sensação nova, por isso perdoem-me. Ténis - estou a despedir-me."

Para trás ficou uma carreira que a levou do céu ao inferno nos últimos anos. Chegou a ser número 1 do mundo em 2005, 2007, 2008 e pela última vez em 2012. E venceu todos os Grand Slams: Wimbledon em 2004, US Open em 2006, Open da Austrália em 2008 e Roland-Garros em 2012 e 2014. Foi ainda medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.

Mas em março de 2016, após um caso de doping, desceu ao inferno, quando a tenista russa deu uma conferência de imprensa em que anunciou ter acusado positivo num teste antidoping durante o Open da Austrália. A substância em causa era Meldonium.

"Assumo todas as responsabilidades, os meus erros e lamento desiludir os meus fãs com tudo isto. É importante dizer que a substância não estava na lista das proibidas até ao ano passado. Tomei-a legalmente nos últimos dez anos. Em janeiro, as regras mudaram, e a substância foi proibida e eu não sabia. É o meu corpo, é o que eu coloco dentro dele. Não posso culpar quem trabalha comigo. Não quero terminar a carreira assim e espero ter outra oportunidade de jogar", justificou na altura.

Em junho chegou o veredicto. A Federação Internacional de Ténis (ITF) suspendeu Sharapova por um período de dois anos na sequência do controlo positivo por Meldonium. A russa recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) e viu a sanção reduzida para 15 meses.

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