Sondagem: PS a subir, PSD a descer e PAN a caminho de Bruxelas
É um poucochinho mais poucochinho que a vitória do PS há cinco anos, aquilo que a sondagem JN/TSF aponta para as eleições europeias de domingo. Mas este poucochinho é bem mais cavado em relação às intenções de voto do PSD, que desceu neste estudo face a abril.
Segundo a sondagem JN/TSF, os socialistas registam 32,4% - eram 30,3% em abril; foram 31,4% em 2014, para a lista de Francisco Assis, no PS de António José Seguro, quando António Costa, hoje líder socialista, questionou a vitória "poucochinha" do partido, desafiando a liderança de Seguro. Com este resultado, o PS terá a possibilidade de eleger entre sete a oito eurodeputados (foram oito eleitos em 2014), colocando em risco a ida para Bruxelas de Isabel Santos e deixando de fora Manuel Pizarro.
Já o PSD cai quatro pontos percentuais, para 24,8% quando, em abril, tinha 28,7%, o que implicaria eleger seis ou sete deputados para o Parlamento Europeu, o que até pode ser melhor que há cinco anos (quando em coligação com o CDS elegeram seis). Se o PSD aumentar a sua representação, a sétima da lista, Ana Miguel dos Santos, tem um lugar garantido.
O Bloco de Esquerda surge em terceiro, o que será um salto significativo face a 2014 (elegeu então uma deputada, a atual cabeça-de-lista, com 4,56%). Em relação a abril, Marisa Matias reforça ligeiramente as intenções de voto e está a bater nos 13% (12,9%), o que pode levar à eleição de dois a três mandatos - para além de Marisa, esta sondagem pode resultar ainda na eleição de José Gusmão e Sérgio Aires.
De acordo com a TSF, os responsáveis pela sondagem fazem questão de lembrar que CDU e CDS têm um "histórico difícil com as sondagens" - quem vota nestes partidos, não gosta, normalmente, de o declarar por telefone - o que pode ajudar a explicar as intenções de voto expressas neste estudo: 7,1% para João Ferreira da CDU (um mandato, quando atualmente são três deputados) e 6,7% para Nuno Melo do CDS (mantendo o atual mandato).
Entre os chamados pequenos partidos, o PAN surge como o mais provável para eleger um eurodeputado, ao recolher 3,3% de intenções de voto. Já Marinho Pinto, que foi eleito deputado pelo MPT e concorre agora com o PDR, regista 2,1% (estando no limbo de uma eventual reeleição). A Aliança, com Paulo Sande e os 1,2% estimados, não chega a Bruxelas.
A abstenção será decisiva para a confirmação destas projeções e, mais ainda, para a distribuição dos mandatos.
Sem projeções relevantes estão todos os outros partidos, que somados aos votos brancos e nulos representam 8,6% dos votos.
A sondagem foi realizada pela Pitagórica para a TSF e o JN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com eleições europeias. O trabalho de campo decorreu entre os dias 10 e 19 de maio, foram recolhidas 605 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de +/-4,07% para um nível de confiança de 95,5%. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores Portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 64,12% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa pode ser consultada online na Entidade Reguladora da Comunicação Social.