PS planta árvores e acaba com a carne assada

Campanha socialista condicionada pela agenda de António Costa como primeiro-ministro, quase sem almoços e jantares. E apostada em ser "ambientalmente sustentável". Jorge Sampaio é homenageado dia 18, nos seus 80 anos.
Publicado a
Atualizado a

O PS conta plantar um número de árvores correspondentes à pegada ecológica que vai deixar com a sua campanha, revelou esta segunda-feira a diretora da campanha socialista, Ana Catarina Mendes, num encontro com jornalistas.

A iniciativa será concretizada a dois tempos, nos finais de outubro e de novembro, depois de estimada a pegada ecológica que a caravana deixou no país, apontou a também secretária-geral adjunta do partido.

Outro desafio do PS é que esta seja uma campanha "ambientalmente sustentável", com os materiais de campanha a serem mais amigos do ambiente: haverá lápis de carvão, em vez de esferográficas, "made in Portugal", e o papel usado em panfletos e blocos é de "papel reciclável" feito a partir de florestas com gestão sustentável. "Quisemos dar este sinal", sintetizou a diretora da campanha.

Ao antecipar o esqueleto do que serão as próximas quase três semanas de estrada, Ana Catarina Mendes deixou outra certeza: o PS quase não fará os tradicionais almoços ou jantares-comícios (onde muitas vezes era servida carne assada). Neste momento está apenas previsto um almoço nos 15 dias oficiais para a campanha, no distrito do Porto, no domingo, 29.

Quanto ao mais, lembram os responsáveis, o calendário socialista será condicionado pela agenda de António Costa como primeiro-ministro. Por isso, as ações de campanha devem concentrar-se no período da tarde e uma aposta em comícios ao início da noite (21.00). E esses comícios serão maioritariamente em espaços públicos ao ar livre.

O arranque oficial da campanha acontece em Lisboa, com um comício no Pavilhão Carlos Lopes, e o encerramento será no Porto, no dia 4 de outubro.

Este último dia de campanha terá uma agenda mais intensa: ao almoço da Trindade (como antecipou o secretário-geral do PS no fecho da campanha das europeias), segue-se a descida do Chiado, de onde António Costa sairá para apanhar o comboio em direção ao Porto, onde fará o referido comício de encerramento no Largo Amor de Perdição.

Pelo meio, a concentração é no litoral, de Braga a Setúbal e um salto ao Algarve, com duas surtidas ao interior - Santarém e Viseu. Os distritos mais envelhecidos, menos populosos, mais pobres já tiveram a sua dose de campanha, com o roteiro da Estrada Nacional 2, que Costa fez em agosto, e as ações de campanha nas últimas semanas de Bragança a Beja.

Os socialistas insistem em defender uma campanha que mostre aos portugueses "a credibilidade da sua ação política". Por isso, argumenta Ana Catarina Mendes, a campanha que está nas ruas recupera as promessas de 2015 que, segundo o PS, foram cumpridas nestes quatro anos de governo.

A sair para a rua estão novos cartazes e panfletos com aquilo que o PS se propõe fazer para uma "boa governação" nos quatro eixos definidos para a próxima legislatura: "Desigualdades", "alterações climáticas", "demografia" e "sociedade digital".

Esta quarta-feira, dia 18, Jorge Sampaio entra na campanha socialista, ao festejar os seus 80 anos numa homenagem na sede do PS.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt