PS acusa Bloco de "má-fé" e de "falsidade"

A secretária-geral adjunta do PS reagiu com violência às acusações do líder parlamentar do Bloco de Esquerda de que os socialistas quebraram o diálogo com o BE sobre os nomes a indicar para o Tribunal Constitucional. "Má-fé" e "falsidade", garantiu Ana Catarina Mendes.
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Ana Catarina Mendes garantiu no Parlamento, ao contrário do que Pedro Filipe Soares disse na quarta-feira, que o Bloco já sabia que o PS tencionava apresentar dois nomes para o Tribunal Constitucional. "É totalmente falso que não tenha havido diálogo", afirmou a deputada. E revelou dois momentos em que essa decisão foi comunicada ao ex-parceiro de geringonça: nas conversas para tentar uma nova solução de apoio parlamentar ao governo e nas negociações para o Orçamento do Estado para 2020.

"A verdade é que o Tribunal Constitucional é um órgão demasiado importante e não deve ser suscetível à guerra partidária e ao achincalhamento público", frisou Ana Catarina Mendes.

Estas palavras duras surgem após Pedro Filipe Soares ter afirmado que o Bloco de Esquerda tinha sido excluído das negociações para os nomes que irão integrar o Tribunal Constitucional. O que disse mostrar "inequivocamente" que não existe continuidade da solução governativa da última legislatura entre o PS, Bloco, PCP e PEV. "É a sua escolha e sua prerrogativa, mas o PS, ao fazer esta escolha, não dá continuidade ao diálogo que existiu na última legislatura e que envolveu o Bloco de Esquerda na indicação de nomes".

O PS vai propor o juiz António Clemente Lima e o antigo secretário de Estado Vitalino Canas para preencher as duas vagas em aberto no Tribunal Constitucional, disse à Lusa fonte oficial da bancada socialista.

Estes dois nomes são candidatos às duas vagas deixadas em aberto por Cláudio Monteiro e Clara Sottomayor e, no próximo dia 28 fevereiro, após audição em comissão parlamentar, terão de ser eleitos por dois terços dos deputados.

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