Mais 78 mortes. Já morreram mais pessoas em novembro do que em todo o mês outubro

O boletim epidemiológico da DGS desta quinta-feira indica que há mais 5839 casos de covid-19. Há ainda mais nove pessoas hospitalizadas, mas menos oito em unidades de cuidados intensivos. Norte com 61% dos novos casos e 58% das mortes.
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Há mais 5839 casos e mais 78 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo os dados do boletim da Direção-geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (12 de novembro).

É o segundo dia com mais mortes desde o início da pandemia, depois das 82 registadas ontem, e o segundo dia com mais casos, com o recorde a serem ainda os 6640 contabilizados no dia 7 de novembro. No dia 4 o boletim apontava para mais de sete mil casos, mas isso incluía acertos dos dias anteriores.

Nos primeiros 11 dias de novembro (este boletim refere-se aos dados contabilizados até quarta-feira), já morreram 585 pessoas com covid-19, mais do que em todo o mês de outubro, quando foram contabilizados 567 óbitos.

No total, desde o início da pandemia, já foram registados 198 011 casos de covid-19 em Portugal e 3181 mortes. Esta quinta-feira, há ainda mais 3336 doentes recuperados (são já 113 689 desde o início da pandemia), com o número de casos ativos a subir 2425, para os 81 141.

Segundo o boletim, há ainda 2794 pessoas internadas (mais nove do que na véspera), das quais 383 (menos oito) nas unidades de cuidados intensivos.

Há mais 568 contactos em vigilância pelas autoridades, para um total de 89 675.

A região Norte continua a ser a mais afetada, com 61% dos novos casos registados em 24 horas. São mais 3567 casos, além de 45 das 78 mortes (58%). Em Lisboa e Vale do Tejo há mais 1345 casos e 25 mortes. No Centro são 749 casos novos e seis óbitos. É no Alentejo que se registam os restantes dois mortos, havendo ainda mais 56 casos confirmados. No Algarve, há 77 novas infeções.

Nas ilhas, há 29 casos novos nos Açores e mais 16 na Madeira.

Das 78 mortes, uma é de um homem entre os 30 e os 39 anos, sendo apenas a sexta nesta faixa etária desde o início da pandemia. Há ainda três óbitos na faixa etária dos 50 aos 59 anos, mais cinco entre os 60 e os 69 anos, 19 entre os 70 e os 79 anos e os restantes 50 acima dos 80 anos.

Pistas de gelo, concertos, espetáculos multimédia, fogo de artifício, em alguns casos até as tradicionais árvores gigantes - o Natal de 2020 vai-se mostrar pouco no espaço público. Salvam-se as iluminações de rua, a única memória dos Natais passados que vai permanecer inalterada em 2020.

Em Lisboa, a tradicional árvore de Natal já está a ser montada no Terreiro do Paço e as luzes deverão acender-se na última semana deste mês, mas não haverá inauguração oficial para evitar aglomerações. E para a passagem de ano há uma certeza: o já habitual concerto no Terreiro do Paço, que junta milhares de pessoas na última noite do ano, não se vai realizar.

No Porto, nem haverá árvore de Natal. A câmara da Invicta considera que poderia levar à aglomeração de pessoas, pelo que optou por não montar neste ano o ícone natalício. .

O metro, os restaurantes, os ginásios, os cafés, os hotéis ou centros religiosos são os locais onde há maior risco de contágio pelo novo coronavírus. Esta foi a conclusão de um estudo norte-americano publicado na revista Nature, após analisar dados de 98 milhões de pessoas de dez das principais cidades dos EUA com mais casos e mortes por covid-19 e os cruzar com as infeções reportadas nessas regiões.

"Existem locais de menor dimensão, onde estão presentes mais pessoas, e onde estas permanecem por mais tempo", afirmou Jure Leskovec, co-autor do estudo e professor na Universidade de Stanford, nos EUA, explicando que "restaurantes, ginásios e cafés estão entre os 10% dos locais que parecem resultar em cerca de 80% das infeções". Este mesmo responsável aconselha a reduzir a capacidade dos estabelecimentos para 20%, ao invés de os fechar para atenuar a curva de transmissão do SARS-CoV-2.

Em Portugal, contudo, as autoridades indicam que a maioria das infeções se deve aos contactos familiares.

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 1 285 160 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da AFP.

Mais de 52 151 580 pessoas já foram infetadas, sendo que, pelo menos 33 151 580 foram consideradas curadas de covid-19, acrescenta a agência francesa, sublinhando que os números oficiais refletem apenas parte do número real de contaminações no mundo.

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