Portugal com 5784 novos casos e 48 mortos nas últimas 24 horas
Portugal registou este domingo mais 5784 novos infetados por covid-19 e 48 mortos, de acordo com os dados apresentados pelo boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Há uma uma ligeira melhoria relativamente ao boletim de sábado, uma vez que foram registados menos 856 novas infeções e menos oito óbitos. Foram ainda contabilizados 2034 doentes recuperados, um número substancialmente menor que o reportado ontem (3993).
Nas últimas 24 horas foram internadas 102 pessoas nas unidades hospitalares de todo o país (totalizando 2522) e deram entrada nos cuidados intensivos 12 pessoas, totalizando neste momento 378 pessoas a necessitarem de cuidados urgentes. Registou-se ainda uma diminuição de 844 casos em vigilância por parte das autoridades de saúde, perfazendo agora 90 506.
A região norte registou nas últimas 24 horas a mais 3923 novos infetados com covid-19 e mais 27 vítimas mortais, continuando a ser a zona mais afetada da pandemia, logo de seguida de Lisboa e Vale do Tejo que neste dia contabilizou 1073 novos casos e mais 14 mortos.
A região centro contabilizou 590 novos infetados e mais quatro mortes. Após vários dias a zero, Alentejo e Algarve voltaram a registar vítimas mortais: duas na região alentejana e uma na zona algarvia, além de registarem igualmente 91 e 74 novos casos, respetivamente.
Sem óbitos a lamentar continuam Açores (20 novas infeções) e Madeira (13 novos casos).
O Governo anunciou esta madrugada o recolher obrigatório nos 121 concelhos confinados por serem os mais afetados pelo aumento de casos de infeção por covid-19. Assim, as pessoas só poderão circular durante a manhã nos fins de semana de 14/15 e 21/22 de novembro. Nesses quatro dias o recolher obrigatório será imposto das 13.00 às 5.00 horas.
Os concelhos abrangidos representam, segundo números já divulgados, cerca de 70% da população, ou seja, 7,1 milhões de pessoas. Nos outros dias da semana, durante os próximos quinze dias, nos mesmos 121 concelhos, também haverá recolher obrigatório noturno (das 23.00 às 5.00 horas da manhã).
Segundo explicou o primeiro-ministro, esta não será, no entanto, uma medida que implique moldura penal para quem não cumprir, pois esses serão devolvidos pelas autoridades à sua residência.
Nos concelhos abrangidos, e durante os dois fins de semana em causa, os restaurantes poderão servir take away, mas só até às 13.00 horas.
O Conselho de Ministros regulamentou as quatro novas medidas essenciais previstas no decreto presidencial do estado de emergência. Além do recolhimento obrigatório também foi determinado:
1. Utilização, se necessário, pelo Estado, de meios de saúde dos setores privado, social e cooperativo, com a "devida compensação" e "preferencialmente por acordo".
2. Possibilidade de mobilização de "quaisquer colaboradores de entidades públicas, privadas, do setor social ou cooperativo", mesmo não sendo profissionais de saúde, para "apoiar as autoridades e serviços de saúde, nomeadamente na realização de inquéritos epidemiológicos, no rastreio de contactos e no seguimento de pessoas em vigilância ativa".
3. Possibilidade de medição de temperatura corporal, por meios não invasivos, e de imposição de testes para acesso ao local de trabalho, serviços ou instituições públicas, estabelecimentos educativos e espaços comerciais, culturais ou desportivos, bem como a meios de transporte.